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3 de julho de 2019

Fernando Dias
PIROTECNIA INCENDIOU A REUNIÃO DA ASSEMBLEIA MUNICIPAL DE OLEIROS

Aqueceu, e de que maneira, a sessão da Assembleia Municipal de Oleiros do passado dia 28 de junho. Um dos maiores empresários do Concelho, João Paulo Ribeiro, acusou a Câmara de discriminação, ao contrário do que acontece na maioria dos municípios vizinhos.
O ponto da Ordem do Dia desta reunião fazia prever uma tarde calma e sem atritos de maior. Puro engano. egistaram-se três momentos de enorme polémica e discussão, entrecortados pela aprovação de todos os documentos apresentados, a maior parte deles por unanimidade.
O verniz começou a estalar quando o presidente da mesa, José Santos Marques (PSD), leu um parecer sobre a utilização das siglas e das designações partidárias. Isto a propósito de uma polémica antiga, sobre a designação do grupo municipal da oposição concorrente pelo NÓS CIDADÃOS em 2017 e, no mandato anterior, pela plataforma independente MAIS OLEIROS. O mesmo, ameaçou não receber mais documentos onde constasse a designação NÓS CIDADÃOS/MAIS OLEIROS.
O líder da bancada da oposição, Fernando Dias, disse que o pedido de parecer estava mal estruturado por não se referir à designação do seu grupo municipal, o qual foi aceite pela mesa no início deste mandato. Acusou a mesa de não querer elaborar e enviar um pedido de parecer conjunto, como sugerira anteriormente, lembrando que, se fosse claramente ilegal o nome atual, o mesmo seria alterado imedia-tamente.
De seguida, o mesmo deputado municipal mostrou um documento conjunto do PSD e do presidente da Junta de Freguesia do Orvalho com diversas incorreções e ilegalidades, acusando a maioria de não ter uma atitude coerente e imparcial.
Seguiu-se uma troca de palavras azeda, entre ambos, encerrada pelo deputado Fernando Dias porque, “por respeito à Assembleia Municipal e por uma questão de educação, não queria baixar o nível da conversa”.
José Marques, falou ainda de “outras coisas muito graves” e deixou algumas ameaças para a próxima reunião deste órgão.
Na parte final da sessão, o período de intervenção do público iniciou-se com o protesto de uma família do Estreito por, ao longo de vários anos, as autarquias (Junta e Câmara) não terem resolvido um problema de alojamento de um habitante daquela localidade, também presente na sala. Lamentaram a falta de resposta destes órgãos e o mau atendimento no Gabinete de Ação Social do município.
O presidente da Câmara disse desconhecer o caso e o representante da Junta de Freguesia presente na reunião, nada disse sobre o mesmo.
Fernando Dias lembrou que a esmagadora maioria dos presentes tinha estado nesta sala há cerca de um ano, quando a mesma família aqui esteve a apresentar este mesmo assunto, pelo que não podia ser uma novidade na Freguesia nem no Concelho. Lamentou que tudo estivesse na mesma e disse que não se podia alegar desconhecimento para resolver o problema.
A terminar, uma situação inédita e preocupante.
João Paulo Ribeiro, conhecido de todos pelo seu dinamismo, cortesia e moderação, fez-se acompanhar da mãe e da irmã, na qualidade de gerentes de algumas empresas sedeadas em Oleiros. Uma delas é das mais antigas e prestigiadas do Concelho e sobejamente conhecida em todo o País e fora dele, a Pirotecnia Oleirense.
Este empresário veio protestar contra o procedimento da Câmara e deixou no ar diversas questões e acusações ao Município de Oleiros. Referiu que estão em causa meia centena de postos de trabalho e mais alguns sazonalmente, lembrou os inúmeros festivais e eventos nacionais e internacionais em que têm participado, lamentou os cortes no orçamento da Feira do Pinhal relativos ao fogo de artifício, mantendo-se as mesmas verbas noutros setores, comparou o facto de as suas empresas levarem tão longe o nome de Oleiros e o facto de a Câmara do seu concelho se “esquecer” delas e não as tratar da mesma forma que trata outras.
O presidente da Câmara, Fernando Jorge, ainda tentou argumentar e lembrar alguma colaboração prestada, mesmo pessoalmente, mas o tom do empresário manteve-se. Repetiu o desencanto e a indignação pelo tratamento que as suas empresas têm recebido do Município e manifestou algum desânimo e algumas dúvidas sobre o futuro.
Fernando Dias lamentou que uma das maiores empresas do Concelho se visse obrigada a tomar esta atitude e que a situação devia merecer a maior atenção de todos. “O problema levantado é muito grave e exige uma solução adequada. Ninguém pode ficar indiferente ao que aqui se passou”.
A reunião terminou num clima de grande inquietação e estupefação, não só pela surpresa perante o sucedido, como pela preocupação com o desenvolvimento deste caso.
Fernando Dias

03/07/2019
 

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