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3 de julho de 2019

PERDA DE MANDATO DO PRESIDENTE DA CÂMARA AQUECE DISCUSSÃO NA ASSEMBLEIA MUNICIPAL
Luís Correia garante que se mantém no cargo com PSD a afirmar que é “ativo tóxico”

O presidente da Câmara de Castelo Branco, Luís Correia, afirmou, na Assembleia Municipal realizada na passada sexta-feira, 28 de junho, que se manterá no desempenho do cargo, depois do Tribunal Administrativo e Fiscal de Castelo Branco ter decidido pela perda de mandato, decisão da qual vai recorrer. O autarca respondia às críticas que lhe foram feitas na sessão do órgão autárquico, nomeadamente por Miguel Barroso, da bancada do Partido Social Democrata (PSD), ao afirmar que Luís Correia é um “ativo tóxico”.
Miguel Barroso começou por realçar que “não há memória de Castelo Branco ter andado nas bocas do Mundo, como nos tempos mais recentes, e não por boas razões. São os casos que envolvem o presidente da Câmara e a sua esposa, deputada por Castelo Branco, em investigações judiciais, por alegada obtenção de benefícios pessoais e familiares com dinheiros públicos”.
Destacou que “não devemos misturar a justiça com a política, no entanto, estas circunstâncias criaram um evidente problema público”, para avançar que “estamos perante um padrão, de cariz autocrático, que se tornou demasiado ostensivo em Castelo Branco”.
O social democrata referiu que “o que acabo de ler são excertos de uma carta dirigida ao secretário geral do Partido Socialista, António Costa, por um grupo de militantes do Partido Socialista de Castelo Branco”, para concluir que “fico satisfeito por terem compreendido, finalmente, o que o PSD tem dito ao longo dos últimos meses. O doutor Luís Correia é, hoje, um ativo tóxico para o nosso concelho, para a nossa cidade e, pelos vistos, para o PS. Mas não para todo o PS, uma parte mantém-se agarrada ao poder”. Tudo para mais à frente acrescentar que “o doutor Luís Corria traiu a confiança dos Albicastrenses e não tem condições para se prolongar nas funções de presidente do nosso município. Se tomou a decisão de se manter como tal, a razão é simples e de fácil compreensão para todos, continua a colocar o seu interesse pessoal à frente do interesse dos Albicastrenses”.
As críticas surgiram também da parte de Francisco Oliveira Martins, do CDS/PP, que, recorde-se, na sessão da Assembleia Municipal realizada a 30 de abril, desafiou Luís Correia a suspender o mandato.
Perante isso realçou que, “hoje, as palavras de há dois meses tinham razão de ser” e defendeu que “o custo que Castelo Branco pagará será bem maior. A nódoa já lá está e Castelo Branco merece melhor”.
Francisco Oliveira Martins admite que Luís Correia “está no direito democrático” de continuar o cargo, mas também não perdeu a oportunidade de referir que, “agora, para compor o ramalhete, só faltava a luta política dentro do PS”.
Da bancada do PS, Francisco Pombo Lopes, saiu em defesa de Luís Correia, ao afirmar que “a legitimidade política é tomada nas urnas”, para se seguida destacar que “ativo tóxico é um bocadinho de mais. Sobre ativos tóxicos o PSD é um bom conhecedor da matéria”.
Reiterou que “não é a utilizar notícias, os votos conquistam-se nas urnas” e concluiu que “vamos aguardar o recurso e acatar”.
Também da parte do PS, Jorge Neves frisou que “Luís Correia recorreu da sentença. Luís Correia não se demite, nem tem que o fazer. Cometeu erros formais, mas o Tribunal não o acusa, nem condena, de corrupção”.
Jorge Neves reforçou que “Luís Correia não se demite, nem tem que o fazer. Até decisão final continua, com toda a legitimidade, à frente da autarquia” e sublinhou que “Luís Correia, hoje, merecia respeito, mas foi desrespeitado de forma demagógica e deplorável, o que é lamentável”.
Na resposta a todas as críticas que lhe foram feitas, Luís Correia centrou a atenção do “dinamismo que o Concelho tem. O nosso concelho é um concelho ímpar, dinâmico, com vida”, para destacar que falam na justiça, como se a justiça fosse apenas para Castelo Branco, para o PS, para mim. Isto, porque não interessa falar de mais nada. Só interessa falar nestas coisas. O que é a concretização ou verdadeiro trabalho não interessa falar”.
Luís Correia avançou que “interessa falar nos casos políticos que dizem respeito ao presidente da Câmara de Castelo Branco, mas não interessa falar nos do seu partido. Interessa falar nas divergências políticas dos outros partidos”, lamentando “ao que chegamos, quando numa Assembleia Municipal se fala nas divergências políticas de outros partidos”.
Acrescentou que “interessa falar no processo judicial que está a correr”, para denunciar que em relação aos ataques de que é alvo, “só o conseguem fazer com possíveis erros administrativos”, de onde assegura que “não permitirei que a minha história de vida política, ao longo de 22 anos, apenas se resuma a esta situação”.
Luís Correia reforçou que “tenho consciência de ter feito ao longo deste 22 anos muito trabalho”, pelo que “não permitirei que esta história jurídica ofusque a história da minha família”.
Tudo isto para garantir que “enquanto tiver a consciência que tenho razão jurídica na minha defesa, cá continuarei. Enquanto os eleitores quiserem que continue, nas urnas, cá continuarei. Enquanto o meu partido quiser que continue, cá continuarei. Enquanto tiver a consciência tranquila que não beneficiei, nem prejudiquei ninguém, cá continuarei a esforçar-me por este concelho, pelos Albicastrenses”.
António Tavares

03/07/2019
 

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