O presidente do Turismo Centro de Portugal (TCP), Pedro Machado, na abertura da sexta edição do Fórum Turismo Interno Vê Portugal, que se realizou ontem, terça-feira, 21 de maio, no Cine-Teatro Avenida, em Castelo Branco, realçou que o principal objetivo da iniciativa, que termina esta quarta-feira, 22 de maio, é “perceber o que vai ser o turismo na próxima década”.
Pedro Machado realçou, antes, que o Fórum “reflete a diversidade do território que temos no Centro de Portugal” e avançou com alguns números, referindo que “em 2013, no Centro, tínhamos 2,4 milhões de dormidas de turistas nacionais e 1,5 milhões de dormidas de turistas estrangeiros”, para avançar que “em 2017 tínhamos 3,5 milhões de dormidas de turistas nacionais e 3,2 milhões de dormidas de turistas estrangeiros”.
Tudo para sublinhar que estes números revelam um crescimento de 19,9 por cento, enquanto a média nacional é de 10,5 por cento, não deixando também de destacar o ascendente entre o rácio do mercado interno e o mercado internacional.
O presidente do TCP acrescentou que “imbuídos no espírito da marca Portugal, existe uma simbiose entre crescimento interno e atração externa, que tem permitido um crescimento”.
Pedro Machado frisou igualmente “a importâncias do mercado interno, principalmente para territórios como este”, uma vez que o vê como “um instrumento poderoso no combate da sazonalidade e no prolongamento da estadia média”. Isto, principalmente “para regiões como o Centro de Portugal, o Alentejo e os Açores, que estão mais afastadas dos aeroportos nacionais”.
O responsável pelo turismo no Centro de Portugal afirmou que “o Fórum está cá por aquilo que representa do ponto de vista da discussão e do interesse que desperta, bem como pelos temas que colocámos na agenda”. Motivos que considera que levam ao êxito da iniciativa que, como revelou, na edição deste ano, em Castelo Branco, “passa a fasquia dos 600 participantes”, o que faz com que represente um recorde em relação às edições anteriores. E foi com base neste número que, até agora, as edições realizadas já somam mais de três participantes e mais de 200 oradores.
Recorde-se que antes de Castelo Branco o Fórum teve como palco as cidades de Viseu, Aveiro, Coimbra, Leiria e Guarda.
Presente na sessão de abertura do Fórum, o vice-presidente da Câmara de Castelo Branco, José Augusto Alves, afirmou que esta iniciativa “é única para debater o turismo interno”, e avançou que a sua realização em Castelo Branco “é o reconhecimento pelo que temos feito na área do turismo”.
José Augusto Alves referiu ainda que o turismo “é um setor fundamental para o crescimento da economia nacional e, neste momento, certamente para a nossa Região”, não perdendo a oportunidade de se referir “à aposta da Câmara de Castelo Branco, nos últimos anos, numa visão estratégica do turismo que está correta”.
De referir, ainda, que o Fórum Turismo Interno Vê Portugal, além dos painéis apresentados ao longo dos dois dias, incluiu também um jantar de gala, no qual foram entregues os prémios do Concurso de Empreendedorismo Turístico José Manuel Alves, instituído pelo TCP e que tem como objetivo apoiar projetos inovadores no setor do turismo com implementação na Região, assim como os prémios de teses académicas que incidam sobre o Centro de Portugal.
António Tavares

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