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20 de março de 2019

João Carlos Antunes
Apontamentos da Semana...

A GREVE PELA DEFESA DO CLIMA de sexta feira passada protagonizada por jovens de muitas partes do mundo, como Grã-Bretanha, Estados Unidos, Japão, Bélgica, Austrália e alguns outros, com Portugal representado por jovens adolescentes de 26 cidades portuguesas, deixou-nos mais otimista quanto ao nosso futuro enquanto habitantes do planeta verde. Porque mostram ser capazes de lutar, mesmo que simbolicamente, por uma causa que não é só deles, é de todos nós. Porque e ao contrário do que muitos pensam, estes jovens até são capazes de seguir um líder positivo como é a jovem sueca de 16 anos Greta Thunberg que faz há um ano uma greve semanal, todas as sextas feiras em frente ao Parlamento sueco (que deu origem à publicação eletrónica que reúne protestos de todo o mundo, www.fridaysforfuture.org), exigindo medidas concretas que afastem a certeza atual de um desastre climático cada vez mais próximo. Na peugada de Greta que em Davos, no Fórum Económico Mundial, calou os lideres mundiais e emocionou meio mundo com um discurso empolgante. “Há quem diga que devia estar na escola: mas por que é que me hei de preparar para um futuro que pode não existir?” perguntava ela, e agora os jovens portugueses pedem medidas concretas como proibir a exploração de combustíveis fósseis, apostar mais nas energias renováveis e acelerar o processo da “neutralidade carbónica”. Digam lá se não haverá lugar para a esperança com uma juventude defensora de boas causas?

MAS MESMO O OTIMISMO MAIS IRRITANTE LEVA UM GOLPE TREMENDO COM O MASSACRE que também marcou esta semana. Digo, dois massacres, porque o horror do massacre perpetrado por um terrorista na pacata Nova Zelândia quase fez esquecer o massacre que pelo menos dois terroristas executaram numa escola do Brasil. No primeiro caso, foi um auto intitulado fascista e nacionalista que preparou minuciosamente o ataque às mesquitas, e usou equipamento informático e vídeo, para dar maior eficácia às imagens em direto nas redes sociais, Facebook, para despoletar o efeito multiplicador da ação e de divulgação dos seus ideais racistas. No caso do Brasil pareceu ser mais o culto da violência o que ali aconteceu. Os dois casos têm algo em comum. O terrorista neozelandês assumiu a admiração por Trump; os terroristas brasileiros fotografaram-se com t’shirts de Bolsonaro. Os terroristas não foram Trump ou Bolsonaro. Mas foram as suas políticas e as suas palavras que potenciaram, e muito, a ação. E compare-se a reação da primeira-ministra neozelandeza Jacinta Arden que de imediato anunciou um maior controle no acesso às armas com a reação de conselheiros de Bolsonaro defendendo, como de resto o seu guru Trump, que com professores armados se poderiam evitar estas situações...

20/03/2019
 

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