O Estabelecimento Prisional de Castelo Branco foi palco de uma tentativa de fuga, na noite do passado sábado, 2 de março, noticiou o Correio da Manhã. De acordo com o diário, “os serviços de vigilância do Estabelecimento Prisional de Castelo Branco detetaram, no sábado, à noite, que reclusos iniciaram trabalhos numa parede, com vista à abertura de um buraco, para uma eventual fuga” e acrescenta que “o caso causou algum alarme na cadeia, ao ponto de ter sido reforçada a segurança na ala onde está situada a camarata que, na altura, tinha 10 reclusos”.
O buraco estava a ser feito numa camarata localizada no terceiro piso da prisão, sendo que a parede dá para um pátio interior vigiado.
Sobre este caso, o Diário de Notícias (DN) escreve que “de acordo com Júlio Rebelo, do Sindicato Independente da Guarda Prisional, não se sabe ainda com que meios os reclusos fizeram o buraco. Mas explica que poderão tê-lo tapado, por exemplo, com uma cama. O dirigente sindical alerta para o facto de o Estabelecimento Prisional de Castelo Branco ter um contingente reduzido de guarda, o que impossibilita a realização de rusgas mais eficazes. «No momento em que estes reclusos foram intercetados, estavam apenas cinco guardas de serviço e teve que ser chamado reforço», disse Júlio Rebelo”.
Ainda segundo o DN o diretor-geral de Reinserção e Serviços Prisionais, Rómulo Augusto Mateus, deslocou-se na manhã de sábado ao Estabelecimento Prisional, “para se inteirar da situação e prestar solidariedade à direção da cadeia”, sublinhando que “fonte deste organismo considera exagerado falar em «tentativa de evasão», uma vez que ainda estavam no processo de abrir o buraco”.
A TSF também contactou Júlio Rebelo e adianta que o sindicalista explicou que “o buraco feito na camarata de dez reclusos já tinha «alguma dimensão», tendo sido detetado a tempo. O plano, tudo indica, seria aproveitar a distração motivada pelo jogo de futebol (Porto-Benfica) para tentar fugir”. Escreve ainda que “Júlio Rebelo detalha que tanto foi uma tentativa de fuga que os reclusos foram colocados noutras camaratas, aquela camarata foi selada e alguns presos até transferidos para o estabelecimento prisional de alta segurança em Monsanto, Lisboa”.
O caso está a ser investigado pela Direção-Geral dos Serviços Prisionais.

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