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30 de janeiro de 2019

João Carlos Antunes
Apontamentos da Semana...

AS NUVENS NEGRAS QUE PAIRAM SOBRE A VENEZUELA trazem a incerteza sobre este grande país sul americano, um dos que já foi mais rico e poderoso daquele continente. Num país onde falta quase tudo, agora há dois presidentes, com um jovem Juan Guaidó, 35 anos, presidente da Assembleia Nacional a auto proclamar-se presidente interino e a afrontar um Nicolas Maduro, sucessor do carismático Hugo Chávez desde 2013 e reeleito há poucas semanas para um novo mandato em eleições muito contestadas pela oposição e vários observadores estrangeiros. Maduro, pelo menos enquanto tiver o apoio da maioria das forças armadas venezuelanas não vai resignar, mesmo que um cada vez maior número de países já tenham reconhecido Guaidó como presidente legítimo e a União Europeia tenha dado uma semana para que Maduro convoque novas eleições. Como habitualmente Trump, com uma notável falta de tato diplomático, reconheceu Guaidó através do Twitter que parece ser a publicação oficial, o diário da república da Casa Branca, quase em simultâneo com a auto proclamação levantando suspeitas de haver conivência entre Trump e o líder da oposição venezuelana, uma dúvida que dá muito jeito a Maduro. Por isso, com um país dividido entre os indefetíveis de Maduro e militares por um lado e os muitos milhares, ou milhões que apoiam nas ruas o jovem Guaidó, é justificável o receio de muitos, nomeadamente do Papa Francisco que ainda ontem, terça, rezava para que o confronto não resulte num banho de sangue, coisa que só por milagre não vai acontecer. Com um país governado por um regime que é uma caricatura do socialismo, onde as pessoas não têm que comer nem medicamentos, com os hospitais num caos, com uma inflação de 1 milhão por cento (conseguem imaginar?) um PIB em queda de perto de dezoito por cento, previsão do FMI para 2018, onde o salário mínimo dá para comprar algumas maçãs e um pedaço de carne, os venezuelanos ou tentam sair, foi o que já fizeram vários milhões, ou não se importam de morrer na rua pelo sonho de voltar a viver num país com futuro. Isto já não é uma questão ideológica, de esquerda e direita, é uma questão humanitária. Se Maduro fosse patriota já tinha saído de cena para que a Venezuela pudesse procurar novos caminhos, para bem do seu povo. E não podemos esquecer que são mais de trezentos mil os portugueses que ali vivem, que sentem na pele diariamente estes dramas. Acreditamos que o governo português já tenha tudo preparado para responder a uma emergência que pode consubstanciar-se numa guerra civil sangrenta.

DEFINITIVAMENTE PORTUGAL ESTÁ NA MODA e a nossa diplomacia, de estado e da igreja, tiveram esta semana mais uma vitória com a escolha de Lisboa para a realização da próxima Jornada Mundial da Juventude, em 2023. São esperados dois milhões (!) de jovens católicos dos vários continentes que irão encher um novo espaço que vai ser recuperado a norte do Parque das Nações, junto ao Tejo até ao rio Trancão. Um evento que já levou o presidente Marcelo a manifestar a vontade de se recandidatar para que possa ser ele a receber nessa ocasião o Papa Francisco. Habemus Presidente!

30/01/2019
 

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