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5 de dezembro de 2018

Valter Lemos
A COMPETITIVIDADE DE PORTUGAL

O Fórum Económico Mundial acaba de publicar o seu relatório relativo ao presente ano (The Global Competitiveness Report – 2018), o qual engloba 140 países e é publicado anualmente desde 1979.
Os indicadores utilizados nesta análise respeitam a 12 critérios distribuídos por 4 áreas: Ambiente económico (instituições, infraestruturas, adoção de TIC e estabilidade económica); Capital humano (saúde, competências); Mercados (mercado de produtos, mercado laboral, sistema financeiro e dimensão do mercado); Ecossistema de inovação (dinamismo de negócios e capacidade de inovação).
Globalmente Portugal encontra-se em 34º lugar (33º em 2017). Os primeiros são os EUA, Singapura, Alemanha, Suíça e Japão e os últimos são o Chade, Iémen, Haiti e Angola (será interessante seguir este caso em 2019). Dos 27 da UE ficamos em 15º, imediatamente abaixo da Itália e da Estónia e acima da Eslovénia e da Polónia.
Mas, a posição portuguesa é muito variável em cada um dos critérios. Os melhores resultados são para as infraestruturas (19º), saúde (23º) e dinamismo de negócios (27º) e os piores são para a estabilidade macroeconómica (58º), dimensão de mercado (52º) e competências da população ativa (41º).

 Quadro

 

Fonte: Eco

Claro que cada um dos 12 critérios é constituído por diversos fatores, em que a classificação também varia. E em alguns Portugal está mesmo em 1º lugar (em conjunto com outros) como, por exemplo incidência de terrorismo, taxa de eletrificação e evolução da inflação. Mas, há fatores em que a posição portuguesa é má (dinâmica da dívida – 60º; peso das importações no PIB – 71º; anos de escolaridade da população ativa (8,9 anos) – 75º. Neste fator a Finlândia lidera com 14, 2 anos).
Mas há fatores em que o país está mesmo muito mal: complexidade das taxas e tarifas (112º), eficiência jurídica na resolução de conflitos (116ª), práticas de contratação e despedimento (121º), solidez dos bancos (127º).
Muitas vezes, face aos resultados destes estudos, existe a tentação de os desvalorizar, dizendo que os mesmos são incompletos, politicamente enviesados ou significando pouco para a vida do cidadão comum. Tendo tudo isso alguma parte de verdade, no entanto, eles fornecem informação objetiva e subjetiva que pode ter muita utilidade na conceção e definição das políticas públicas de cada país, independentemente das opiniões e dos juízos políticos que possam ter lugar. Saber os efeitos que determinadas políticas tiveram ou têm nuns países pode e deve ser uma importante informação para os outros. Quer seja na competitividade económica, quer seja no combate às desigualdades ou outros aspetos importantes para a vida de todos.
Os políticos não podem guiar-se só por aquilo em que acreditam. Devem também guiar-se por aquilo que a ciência, a técnica e a arte lhes ensina. A política não pode ser baseada somente em crenças, também deve assentar em conhecimento. A política que só se baseia em crenças não é mais do que um fundamentalismo cego e obscurantista.
Em Portugal não tem sido dada a atenção adequada a alguns destes estudos e isso teve algumas consequências em alguns atrasos que permanecem por corrigir. Por isso a divulgação e discussão dos mesmos constitui um bom elemento de participação na conceção das políticas públicas adequadas às necessidades do país.

05/12/2018
 

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