A deputada do Partido Socialista (PS) eleita pelo Círculo Eleitoral de Castelo Branco, Hortense Martins, defendeu, durante a audição no Parlamento do ministro do Planeamento e das Infraestruturas para se debater o Orçamento do Estado para 2019, que o documento engloba “ambição e um objetivo exigente: o reforço da competitividade da economia, o desenvolvimento sustentável e a promoção da coesão social e territorial”.
Hortense Martins evidenciou a luta do ministro em Bruxelas para repor “o apoio à rodovia”, depois de o Executivo liderado por PSD/CDS ter “demonizado as estradas”.
Questionado pela parlamentar sobre a ligação transfronteiriça a Espanha através do IC31, que acredita dever estar no Plano Nacional de Investimentos (PNI), o ministro Pedro Marques esclareceu que é o tipo de debate que se vai realizar no PNI. “Esse investimento tem que ser feito no contexto do debate sobre as nossas ligações transfronteiriças, sendo certo que tem sido essa uma das prioridades do nosso primeiro-ministro no discurso que tem feito sobre a cooperação com Espanha”.
A deputada não deixou de salientar a importância da descida das portagens decidida em 2016 pelo atual Governo do PS, que continuou nesta proposta de orçamento para os veículos de mercadorias e assumiu que, na sua opinião, “seria importante ir mais além nesta matéria, no sentido de abranger veículos ligeiros e pesados.”
Relativamente à ferrovia, Hortense Martins sublinhou a importância das obras de modernização do troço ferroviário Covilhã-Guarda, da Linha da Beira Baixa, assim como do investimento que está a decorrer na “Concordância das Beiras – Ligação da Linha da Beira Baixa à Linha da Beira Alta”. Está neste momento a decorrer o investimento que dá continuidade à eletrificação desta linha, que liga Lisboa à Covilhã, tendo o troço Covilhã/Guarda estado bloqueado, por mais de uma década.
Segundo lembrou a deputada, a melhoria das condições nesta linha necessita da mudança do material circulante, sendo que recentemente surgiu a notícia de que, sete anos depois os comboios formados por locomotivas a rebocar carruagens seriam repostos, substituindo as automotoras que ali faziam o Intercidades, “permitindo assim melhorias em termos de diminuição de tempo de espera e aumento de conforto”. A deputada aludia assim à notícia que referia que no próximo dia 9 de dezembro seriam reintroduzidas as locomotivas que permitem carruagens com mais conforto e com isso o percurso no sentido Covilhã/Lisboa diminuiria em 20 minutos.
Em resposta, o governante anunciou que a conclusão da obra do troço Covilhã-Guarda está prevista para 2019, entre o terceiro e o quarto trimestre desse ano.

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