MESMO QUE MUITO BOA GENTE, por variados motivos, queira desvalorizar a Web Summit, a verdade é que durante quase uma semana este foi um evento que colocou Lisboa e Portugal no centro do mundo tecnológico. Com setenta mil participantes, o número impressionante de mil e duzentos de oradores, alguns nomes bem sonantes de áreas muito distintas, foi a oportunidade para que centenas ou milhares de jovens empreendedores de todo o Mundo, muitos Portugueses, procurassem dar visibilidade e atrair financiadores para as suas startups. Para além dos temas bem vivos da atualidade, como a mobilidade (este o ano o prémio de melhor startup foi para um carro autónomo que aprende a conduzir corrigindo os erros), a segurança de dados na Web e o combate tecnológico à disseminação de notícias falsas, é importante referir aqui que este é um investimento de milhões que envolve a Câmara de Lisboa e o Governo, mas que é um investimento com retorno assegurado. Até pelo facto de cada participante, que coloriu os dias e as noites de Lisboa, ter gasto, em média, duzentos euros por dia. É só fazer as contas. E as contas também são feitas pelo prestígio de um Portugal culto e tecnologicamente evoluído com um Presidente que empolgou a assistência pelo seu magnífico discurso, em inglês e sem ser escrito, que lançou vários desafios “O primeiro desafio: Conseguimos, conseguimos, conseguimos! O segundo desafio: fazer andar a revolução digital. Vocês conseguiram, vocês conseguiram, vocês conseguiram. O terceiro desafio: sem fake news”. E com um pedido marcante: “Não se esqueçam dos refugiados, não esqueçam o resto da sociedade” .

UMA BOA NOTÍCIA PARA TODOS OS ALBICASTRENSES e Beirões que utilizam ou gostariam de utilizar o comboio nas suas viagens de Intercidades. Quem escreve estas linhas é um fervoroso adepto da ferrovia, e considera a Linha da Beira Baixa como uma das mais bonitas de Portugal e um verdadeiro cartaz turístico. Alguém que deixou de fazer a Linha da Beira Baixa porque não há costas nem nádegas que aguentem o desconforto de carruagens concebidas para viagens de curta duração, linhas suburbanas. Alguém que não compreende como se investiram tantos milhões na modernização da Linha e depois desprezam desta forma os direitos dos seus clientes a um conforto mínimo. A boa notícia é que parece que a partir do início de dezembro, voltam as velhinhas mas confortáveis carruagens rebocadas por locomotivas. Porque a CP, finalmente dá razão aos seus clientes? Não. Porque está a precisar das atuais locomotivas para reforço da Linha de Tomar. Agora só esperamos que os nossos autarcas e deputados não permitam que a CP daqui a alguns meses, para poupar um pouco mais de um milhão anuais, reponha a situação atual. Para terminar, resta dizer que a notícia ainda não foi confirmada pela CP… A ver vamos.

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