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24 de outubro de 2018

NOS BASTIDORES DO ATLETISMO
Abastecimentos e refrescamentos

Como referido no primeiro artigo, a distância ou as condições climatéricas poderão obrigar uma organização de uma prova de atletismo em estrada a providenciar pontos de refrescamento ou abastecimento. Em primeiro lugar temos de perceber a diferença entre refrescamentos e abastecimentos.
Um refrescamento pode ser feito por água, esponjas molhadas ou estações de água nebulizada (o que se designa habitualmente por chuveiros). Um abastecimento já inclui bebidas isotónicas, barras energéticas, frutas ou outros alimentos para além da água.
A água deve ser disponibilizada na partida e chegada dos atletas. Para além disto, em provas até 10 kms, deve ser disponibilizada água em intervalos de 5 kms. Em provas superiores a 10 kms, para além dos refrescamentos podem ser disponibilizados abastecimentos. Se a prova for realizada num dia de muito calor ou se for de dureza elevada, o intervalo dos refrescamentos e abastecimentos pode ser menor. Aqui o bom senso terá de prevalecer.
Tantos os abastecimentos como os refrescamentos são da responsabilidade da organização. No entanto os atletas podem providenciar os seus próprios abastecimentos e entregar a um elemento da organização e dizer, no caso de haver mais do que um local de abastecimento, onde pretendem que o mesmo seja colocado.
Muitos atletas costumam questionar as organizações porque é que as garrafas não se encontram abertas quando estão nos refrescamentos. Em primeiro lugar, uma garrafa de água ao estar fechada permite mostrar ao atleta que nada foi colocada no seu interior. Numa prova realizada num outro distrito de Portugal, a organização, de modo a facilitar a vida aos atletas, abriu as garrafas de água. Essa prova teve controlo de doping e um dos atletas acusou positivo. O atleta defendeu-se dizendo que não tinha tomado nada e que o que poderia ter acontecido era na água do refrescamento, que estava aberto, terem colocado algum produto proibido. Claro que isto foi logo um caso complicado de resolver. Outros dos motivos de as garrafas de água estarem fechadas é evitar o gasto desnecessário de água. Se as garrafas estiverem em cima de uma mesa, um atleta ao tirar uma água pode, sem querer, tocar em outras garrafas e tombá-las. Se as garrafas estiverem abertas a água vai para o chão. Se estiverem fechadas, a garrafa é levantada e fica novamente disponível para outro atleta.
Os pontos de abastecimento e refrescamento de uma prova exigem uma logística enorme. É preciso mesas e elementos da organização para cada um dos locais. Os produtos do abastecimento têm de ser preparados previamente (no caso de fruta tem de ser descascada e partida) e levada para os locais respectivos. Depois de os atletas passarem, os metros seguintes aos abastecimentos são limpos para que nada fique no percurso. Se forem estações de água nebulizada, terão de ser providenciadas ligações à rede de água e montagem de estruturas adequadas. De referir que estas estruturas não devem ocupar a totalidade do percurso, de modo a ter uma zona livre de modo a permitir a passagem aos atletas que não pretendam refrescar-se.
Com este artigo, termino um conjunto de 5 artigos onde tentei dar a conhecer melhor os bastidores da organização de uma prova de atletismo em estrada e tudo o que está relacionada com a mesma. Para a semana iremos falar com um senhor com muitos anos na organização de provas disputadas em estrada no concelho da Covilhã.
Manuel Geraldes

24/10/2018
 

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