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17 de outubro de 2018

NO CENTRO DE CIÊNCIA VIVA DA FLORESTA
Potencialidades do medronho apresentadas em conferência

O medronho serve para muito mais do que fazer aguardente. Esta foi uma das ideias reforçadas na Conferência do Medronho, que se realizou dia 12 de outubro, no Auditório Mariano Gago, no Centro Ciência Viva da Floresta, em Proença-a-Nova.
Na sessão de abertura, o presidente da Câmara de Proença-a-Nova, João Lobo, afirmou que a conferência, “para além de partilha de experiências e de dar a conhecer as potencialidades do fruto, é também o início de uma nova fase em que queremos dar ao medronho uma capacidade di-ferenciadora na sua valência territorial”.
A iniciativa reuniu vários oradores, que mostraram as diversas finalidades deste fruto muito típico da região e de toda a zona mediterrânica. O evento ficou marcado pela apresentação ao público do pão de medronho, um produto idealizado e feito pelo chef de cozinha e investigador do Instituto Politécnico de Leiria, Rui Lopes, que apresentou todas as fases de estudo e fabrico até ao produto final, que foi degustado pelo público no final da conferência. Este especialista falou ainda sobre os potenciais químicos e nutricionais do medronho, lamentando que “não haja em Portugal fábricas de transformação deste fruto, e as que existem servem apenas para a sua destilação”.
Tiago Cristóvão, que tem uma plantação de medronho de dois hectares desde 2013, falou sobre a sua viabilidade económica e alertou que não podemos olhar para esta fruta “como algo que nasce de forma silvestre, que apanhamos e com ela fazemos aguardente e vende-se de forma tradicional”. O produtor garante que a “viabilidade económica do medronho passa por ter uma fileira estruturada, desde a produção primária até ao consumidor” e lamenta que as “candidaturas comunitárias lançadas pelo Ministério da Agricultura não valorizem quem aposta neste tipo de culturas”.
O engenheiro agrónomo João Dias abordou a sustentabilidade do fruto e admitiu que “ainda conhecemos muito pouco sobre o medronho e nesta região ainda há muito para fazer em relação a este fruto e estamos na altura certa para o fazer”.
Filomena Gomes, professora da Escola Superior Agrária de Coimbra, apresentou as características do fruto e do medronheiro, afirmando que se trata de uma “espécie que se adapta a diferentes condições de solo e clima e tem uma grande capacidade de regeneração após os incêndios florestais”.
António José Henriques, do Instituto Social Cristão Pina Ferraz, falou sobre a dimensão social e territorial da cultura do medronho, levantando a problemática da desertificação do Interior do País.
O enólogo Francisco Antunes abordou a temática da maturação, fermentação e destilação do medronho, apresentando como se deve fazer corretamente o processo de destilação da aguardente de medronho e como as más práticas utilizadas pelos produtores podem prejudicar a sua produção e o produto final. Fátima Curado e João Gama, da Direção Regional de Agricultura e Pescas do Centro, mostraram o contributo do medronheiro para a defesa da floresta, na sua utilização ornamental e do seu contributo na gestão e valorização do espaço agroflores-tal.
A conferência foi encerrada pelo vice-presidente da Câmara de Proença-a-Nova, João Manso, que convidou o púlico a preencher uma ficha de identificação do produtor de medronho, desafiando-os a co-meçarem a plantar esta espécie.
No final realizou-se uma degustação de produtos com medronho e ainda foi oferecido ao público um medronheiro.

17/10/2018
 

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