35 alunos finalistas da licenciatura em Escultura da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa apresentam na exposição documental Lugares e Caminhos o resultado da residência artística que realizaram na Aldeia Ruiva e área envolvente entre os dias 1 e 3 de dezembro de 2017. Recorrendo ao registo fotográfico, as obras de escultura de caráter efémero podem agora ser descobertas na Galeria Municipal até 31 de outubro.
Andreia Pereira, professora assistente convidada, que acompanhou, com o professor auxiliar José Teixeira, os alunos finalistas no âmbito do programa de Escultura V, unidade curricular do terceiro ano, refere que “durante as saídas de campo, o grupo foi estimulado a refletir sobre as práticas de integração, intervenção e apropriação escultórica, em conformidade com o espaço e com os elementos naturais preexistentes, com a sua perceção e com o seu uso, bem como sobre os conceitos de dimensão, proporção e escala, materialização, desmaterialização e sentido de temporalidade”.
Acrescenta que “neste regime de indagação, observação e ação direta no terreno, os alunos residentes deram conta das suas perceções e intenções plásticas em diversos ensaios de reconhecimento, realizados de forma individual e coletiva, promovendo a conversão dos elementos naturais endémicos, ou do seu próprio corpo, em matérias de experimentação plástica”.
Com os desafios propostos, os alunos tiveram oportunidade de adquirir e reforçar competências metodológicas relacionadas com a problemática da integração escultórica, promovendo a indagação, a reflexão e a crítica sobre novas formulações artísticas e tecnológicas no campo da escultura integrada na arquitetura, no urbanismo e na paisagem. Tanto a residência artística como a exposição que agora se apresentam resultam do protocolo Aldeia Criativa, estabelecido entre a Câmara de Proença-a-Nova e a área de Escultura da FBAUL.
No dia 27 de outubro, às 17 horas, o grupo de alunos e professores estará na Galeria Municipal, para a sessão de encerramento da exposição.

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