Os restos mortais de António de Sena Faria de Vasconcelos Azevedo, que estão sepultados em Lisboa, podem regressar à sua terra natal, Castelo Branco.
O presidente da Junta de Freguesia de Castelo Branco, Leopoldo Rodrigues, avançou, na Assembleia de Freguesia realizada na passada quinta-feira, 27 de setembro, que a autarquia foi abordada pelo presidente da Associação HiscultEDUCA, Ernesto Candeias Martins, nesse sentido, porque a sepultura vai ser abatida.
O objetivo é que não se percam os restos mortais de “tão importante figura da história da educação a nível nacional e internacional”, pelo que Ernesto Candeias Martins abordou a Junta “para que os restos mortais sejam trasladados para a nossa cidade”.
Leopoldo Rodrigues avançou que chamou a atenção de Ernesto Candeias Martins para o facto que “era importante envolver a Câmara”, para revelar que “a Junta, a Câmara e a Associação HiscultEDUCA vão desenvolver todos os mecanismos, de modo a tornar a trasladação possível”.
Realça que “sabemos que é um processo difícil, em que é necessária a intervenção e a anuência dos familiares de Faria de Vasconcelos”, para garantir que tudo será feito, para “dar dignidade a uma pessoa tão importante” e sublinhou que “tudo faremos para que Faria de Vasconcelos regresse à sua terra natal”.
Recorde-se que Faria de Vasconcelos, que dá o seu nome a uma escola da cidade, nasceu a 2 de março de 1880, na Rua de Santo António, em Castelo Branco, e morreu a 11 de agosto de 1939, em Lisboa, onde foi sepultado.
Faria de Vasconcelos obteve o bacharel em leis na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra e no dia em que recebeu o diploma, a 12 de junho de 1901, entregou-o ao pai e partiu para Paris, de onde seguiu para a Bélgica, onde fez o doutoramento em Ciências Sociais, na Universidade Nova de Bruxelas.
Posteriormente foi professor universitário e tornou-se um prestigiado pedagogo associado ao movimento Escola Nova.
António Tavares

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