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15 de agosto de 2018

GOVERNO LANÇA TRÊS MEDIDAS PARA A FLORESTA DO PINHAL INTERIOR
Feira do Pinhal obteve recorde de visitantes

Oleiros recebeu a 18ª edição da Feira do Pinhal em Oleiros, numa cerimónia que contou com a presença do Secretário de Estado das Florestas e do Desenvolvimento Rural, Miguel João Freitas.
O secretário de Estado sublinhou que, depois de termos tido um ano dramático no Pinhal Interior, este é o tempo do renascimento das cinzas.
“Aquilo que vim trazer foi uma palavra de estímulo. Nós temos aqui uma oportunidade para mudar, não podemos continuar a ter a floresta da forma como ela está, temos que operar uma mudança radical, se queremos ter floresta no futuro. E estamos a dar passos nesse sentido”, salientou
Anunciou depois que lançaram três medidas para o Pinhal Interior. Uma medida para haver espécies de crescimento lento nas zonas de proteção; uma medida para substituir o pinheiro pelo pinheiro, em zonas onde o pinheiro já não vai regenerar, e uma outra medida para poder recuperar áreas ardidas ou mesmo substituir eucaliptos por espécies de crescimento lento.
Referindo que o interior é a nova prioridade do país, o governante centrou a sua intervenção na floresta, nos incêndios e naquilo que diz que tem sido uma nova forma de olhar para os territórios do interior. Mas o realce foi para a nova política florestal.
Elencou um conjunto de três medidas que caminham nesse sentido, desde logo uma resposta nas zonas de intervenção florestal, que terão prioridade nas candidaturas abertas pelo governo: Anunciou que estão alocados mais de 12 milões de euros para substituir a floresta de eucaliptos por uma floresta de árvores de crescimento lento, ao mesmo tempo que deve apostar-se na regeneração natural.
Destacando o investimento feito na prevenção, depois dos grandes incêndios do ano passado, foi uma realidade, mas “não resolve tudo”, anunciou ainda haver medidas inseridas no Plano de Valorização do Interior que disponibilizam 3 milhões de euros verbas para o agroflorestal e para a substituição do pinheiro por pinheiro ( em zonas onde não haverá regeneração natural)com 3 milhões de euros alocados.
Miguel Freitas valorizou ainda o papel das freguesias, pela proximidade que têm com as pessoas, sublinhando ainda que há que criar condições para que as pessoas possam viver nestes territórios,“o futuro será melhor, sendo importante chamar gente para estes territórios”.
O governante frisou também que há que olhar para estes territórios de forma diferenciada, e fez novamente referência ao conceito “interior do Interior”.
O autarca de oleiros, Fernando Jorge, num certame dedicado à floresta, não podia deixar de lamentar os incêndios que reduziram a mancha florestal do concelho, mas que, ainda assim, possui uma área verde superior a 30 mil hectares.
Apelidou esta riqueza como o ouro do concelho, desde logo porque é “uma fábrica de postos de trabalho”, sendo o pinheiro bravo a maior fonte de riqueza da região.
Fernando Jorge lançou um pedido ao secretário de Estado, no sentido em que o cadastro no concelho e na região seja uma realidade, pois com isso ajudava-se o Estado, beneficiava-se os proprietários e melhorava-se a economia.
O autarca quer também o emparcelamento, sem o qual o uso de equipamentos e de novas tecnologias é uma utopia, a competitividade baixa e a mão-de-obra fica cara.
O autarca lamentou ainda as perdas sentidas nos incêndios do ano passado, lembrando o manobrador de máquina de rastos que faleceu num combate aos incêndios do asno passado. Apelou assim a que se faça “uma adenda à lei” no sentido da família poder vir as ser indemnizada, para eliminar o que considera ser “uma injustiça”.

“Certame não baixa de nível”, realça Fernando Jorge
Já no decorrer da inauguração e visita aos stands, Fernando Jorge realçou que a Feira do Pinhal habituou-nos a ter determinado nível, que nunca podia ser diminuído. “Antes pelo contrário, tem que ter sempre um valor acrescido. E este ano esta feira tem também um valor acrescido”.
E explicou que o que conseguiram foi reduzir significativamente os custos porque assim os tempos o exigem. Há pessoas que têm problemas, decorrentes dos incêndios, que ainda não estão resolvidos, mas vão fazê-lo. Deu depois um exemplo: só para medicamentos para as pessoas das freguesias onde houve incêndios, a Câmara já disponibilizou 100 mil euros. “E esta quantia tem que vir de algum lado”.
“Mas a verdade é que nesta edição conseguimos ter espetáculos e muita animação com muito brio, feita por amigos com preços baixos e ajudas, que nos permitiram fazer esta redução significativa de 80 mil euros no orçamento da feira”, finalizou.

Os grandes destaques
da feira
A imagem de marca desta feira, que no fundo se assume como de toda a região do Pinhal, passa por diversos aspetos, desde logo o artesanato local, a divulgação das tradições, usos e costumes, os produtos autóctones, a genuinidade de produtos locais como o cabrito estonado, o património, os recursos naturais, o artesanato e a gastronomia local, entre outros. Tudo isto forma a tal imagem de marca desta feira.
O moinho a moer cereais, a nora a captar água do poço, a o cozer o pão no forno a lenha, são situações que só podem ser vistas na Feira do Pinhal. O programa foi, assim, de excelência e recheado e com muita animação.
Numa Feira que se reinventa ano após ano - há 18 anos - as novidades continuam a surgir com momentos que pretendem dignificar não só o evento mas também o concelho e a região. Nesta edição surgiu o Passaporte cultural, que pretende ser uma “viagem” pelo recinto, proporcionando a oportunidade de contacto entre o artesão e o público numa transmissão do saber-fazer, que no final irá reverter para uma causa solidária.
Na edição deste ano, destaque para a abertura da Rota do Religioso, um percurso local temático pelos 10 imóveis religiosos de Oleiros, foi inaugurada, com uma visita teatral guiada às 2 igrejas e 8 capelas da vila e imediações. No final, houve um lanche de convívio para os inscritos.
Este foi também o primeiro ano em que a Feira do Pinhal é um eco-evento, em parceria com a VALNOR, sensibilizando e criando condições para que todos - desde os expositores ao público visitante - possam reciclar de forma informada.
A Feira do Pinhal, contou com 145 expositores de artesanato, empresas e instituições, produtos alimentares, uma zona dedicada a tasquinhas e restauração, animação infantil e ainda animação de rua, sendo por isso um evento dinâmico de tradições e de inovação que vale a pena visitar. Como habitual a feira encerrou no domingo, com o início das comemorações do Dia do Concelho. 
Paulo Marques

15/08/2018
 

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