27.000.MONCHIQUE 2008 – Um número e um nome a não esquecer. Que vâo marcar 2018.E fazer lembrar que não bastam meios, por mais vastos que sejam, para impedir que o fogo se torne um inimigo impiedoso. Que é possível prevenir, mas que é impossível controlar, quando se conjugam determinados fatores: calor, falta de humidade, vento forte e abundância de material combustível em zonas de acesso difícil.
Arderam, de acordo com o Sistema Europeu de informação de incêndios Florestais,27000 hectares de floresta em Monchique, sendo, até agora, o maiorfogo da Europa em 2018. Não estamos perante um drama semelhante ao de 2017. As circunstâncias são outras e os meios também. Houve 42 feridos, mas não houve vítimas mortais. Viu-se que a grande preocupação foi salvaguardar vidas. Prevenir situações e riscos.Sete dias de espera, de medição de riscos, de paciente atenção ao inimigo, antes do ataque final…
Quem viu as imagens que lhe iam chegando interroga-se: Como é possível que tantos homens e máquinas sejam tão impotentes? A mobilização de meios é racional? As várias corporações de bombeiros sabem o que têm que fazer? Não haverá outras formas de combate?
Sabe-se que a maioria das críticas e queixas que as televisões nos reportam são desajustadas e extemporâneas. São gritos emotivos. Não ajudam a compreender a situação no terreno, nem sabem perceber e valorizar suficientemente a atuação dos bombeiros. Que são os verdadeiros heróis anónimos. A lutar consigo próprios, contra a sede, o cansaço, o calor e, às vezes, contra o fogo.
Há com certeza lições a tirar. Os especialistas hão-de encontrar explicações. E talvez seja desta que seja possível REORDENAR a FLORESTA, asério. Com BENEFÍCIOS para todos.
Registe-se, para já, a relativa contenção dos líderes políticos, dos autarcas, do governo e até a espera paciente do Presidente da República. E a onda de solidariedade. Que importa sublinhar e apoiar!

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