Joaquim Martins
Apontamentos da Semana...
UM VERÃO QUENTE! – O verão está a ser quente. No sábado tivemos o dia mais quente, desde que há registos. E incêndios. E ondas de calor. Há escaldões. Reais e metafóricos. Os incêndios alastram no país real e nos partidos políticos. O arrefecimento previsto para os próximos dias talvez tenha efeitos nos primeiros, mas há dúvidas quanto aos segundos. Para Elias, O Sem Abrigo só se “a malta do PSD for de férias” o que não é previsível. Santana Lopes e Pedro Duarte atearam fogos perigosos, cujo rescaldo exige tempo e muita frieza. O primeiro reacendeu fogueiras latentes, na carta de despedida do PSD, com os recados cifrados e o anúncio de um novo partido. Que irá roubar votos, sobretudo ao PSD e ao CDS; o segundo lançou novas achas para a fogueira visando a liderança de Rui Rio. São os incendiários deste verão político. A crer na “Opinião que conta” Rui Rio terá dado sinais errados e não terá sabido personificar uma OPOSIÇÃO credível, pois não estará a aproveitar os erros do Governo que só ele não vê “a saúde está um caos; o serviço publico de comboios está um desastre; a educação está cheia de problemas; o caso de Tancos é uma vergonha…”
O Bloco de Esquerda sofreu um abalo sísmico imprevisível que destapou telhados e libertou chamas de ódio, paixão e irracionalidade abrasadoras. A casa terá ficado fragilizada, apesar da imolação pelo fogo, de um empenhado vereador municipal, e das “queimadelas solidárias” de Catarina Martins (LMM viu-a “chamuscada”!) . As ondas de calor ainda não pararam e vão prolongar-se, pelo menos até outubro.
Em Castelo Branco o verão político também está ao rubro. E o alvo a queimar, em fogo brando é o presidente da autarquia. Que terá estado distraído ao assinar um ajuste direto. PSD, CDS, BE e PCP aproveitaram a denuncia do jornal Público e o consequente inquérito do Ministério Público para pessoalizar os ataques. O PSD vai mesmo mais longe acusando interferências, ao nível das eleições nas escolas e ao nível de determinados investimentos públicos.
Há muito que o verão político, em Castelo Branco, não tinha guerras de comunicados e de conferências de Imprensa dos vários partidos. É uma novidade. A juntar às sessões públicas da autarquia. Que, ao que me dizem, prometem novas disputas.