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23 de maio de 2018

EM SESSÃO, NA BIBLIOTECA MUNICIPAL
António Salvado apresenta Camões ao pormenor

A Real Associação da Beira Interior realizou, dia 18 de maio, na Biblioteca Municipal de Castelo Branco, a conferência Lirismo Sentimental, Dramático e Lúbrico em Os Lusíadas de Camões, que teve como orador o poeta António Salvado.
Uma vez que Camões é geralmente considerado como grande poeta épico e grande poeta lírico, António Salvado começou a conferência por definir aquilo que, no geral, se entende por forma poética épica e forma poética lírica, estendendo-se com alguma demora no estabelecimento de características que estruturam cada um dos géneros. Assim, com pormenorização, salientou segmentos épicos e líricos que se derramam e se cruzam em poemas da Antiguidade Clássica, como a Odisseia, de Homero, e a Eneida, de Virgílio, para concluir que realidade idêntica aflora também com insistência nos Lusíadas, de Camões.
Numa análise minuciosa do poema Camoniano, António Salvado aclarou conceitos como o da presentificação do Ele e a presentificação do Eu, vivificando episódios como os chamados da formosíssima Maria, da Inês de Castro, do Velho do Restelo, do Adamastor e da Ilha dos Amores, entre outros.
E para concluir que de mesa crónica histórica em verso os Lusíadas pouco ou quase nada materializam. A pertinente realidade de um Eu lírico bem individualizado, sabiamente consciencializado nos seus múltiplos recursos linguísticos, fruto de um estratégia genial, presentificou-se, nos Lusíadas, desde a inicial proposição enunciadora do assunto, desde a inovação de teor nacional (as Tágides, ninfas do Tejo, em desfavor de quaisquer laivos de maravilhoso pagão) e de recorte tão sensibilizador no seu apelo, até à dedicatória a Dom Sebastião trespassada de inolvidável humildade e de evidente patriotismo até à longuíssima narração de quase 10 cantos. E essa mesma realidade presentificou-se de modo acentuado que o Eu ativo ora ganha configuração puramente lírica, ora adquire vivência preponderantemente dramática, ora se reveste de encantadora e surpreendente dramática, ora se reveste de encantadora e surpreendente lubricidade e, até, de agudeza crítica e moralizador. Enfim, conclui António Salvado um universo poético (o de Camões) ao qual só determinada genialidade criadora poderia entregar perenidade eterna.
Na sessão o poeta Gonçalo Salvado declamou alguns poemas.

23/05/2018
 

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