HISTÓRIA COM MAIS DE 50 ANOS CHEGA AO FIM
Belar fica para a história da cidade
A Belar, localizada na Avenida 1º de maio, em Castelo Branco, esteve aberta pela última vez na passada quarta-feira, dia 28 de fevereiro. O final desse mês foi também o final de um espaço que ao longo de mais de 50 anos fez parte de várias gerações de Albicastrenses e não só.
Tudo começou a 29 de novembro de 1964, quando Antero dos Anjos Pires Correia e Lurdes Robalo Correia, inauguraram a Pastelaria Belar, na então denominada Avenida 28 de maio. Aí começava a história de uma casa que se demarcava pela diferença, nomeadamente pela qualidade.
Também há mais de 50 anos, a 1 de agosto de 1967, José Mendes Marçal chegava à Belar, como funcionário, acabando por comprar o espaço, em sociedade com a esposa, em 1982.
Por isso, com uma carga histórica de mais de cinco décadas, falar na Belar é falar de José Mendes Marçal, que afirma à Gazeta que “encerro por causa da idade”, confessando que “com pena minha”.
José Mendes Marçal revela que “me foi apresentada uma proposta razoável” e, por isso, decidiu vender o espaço que, no entanto, “vai reabrir com cara lavada, como pastelaria, dentro do mesmo género”.
Para trás fica a Belar que ao longo de mais de 50 anos se manteve praticamente inalterada, com os seus dois pisos, que foram palco de muitas conversas e tertúlias entre amigos. Na realidade, a Belar marcou muitas gerações. Como casa de referência, a Belar era paragem como que obrigatória de artistas e de políticos, entre outros, que ali esgrimiam argumentos. Mas era também a casa de todos os que ali se encontravam, para dois dedos de conversa.
A Belar que também faz parte da história da Gazeta do Interior que, quando estava instalada no mesmo prédio, ali tinha um ponto de paragem obrigatório, diário, chegando inclusive a ser palco de algumas entrevistas, à mesa, à frente de um café.