António Salvado edita novos livros e é base para um espetáculo
A editora Coisas de Ler, de Lisboa, editará em breve o novo livro de António Salvado intitulado A Desejada Margem. Num analítico posfácio à obra, Filipe Pereira, da Faculdade de Letras de Lisboa, escreve que: “Ao longo de décadas António Salvado sagrou-se à Poesia vislumbrando nela uma espécie de catarse, de remissão, continuamente vigilante à força catalisadora, de alcance existencial e ontológico, de um labor poético que vê na poesia uma difícil passagem… para uma voz absoluta escutada”. Mais à frente afirma que “A Desejada Margem (…) é uma voz que é fio de ariana glorificada pela luz da poesia de António Salvado, mas que não deixa de coexistir com a tensão oriunda da noite, do vazio, da brevidade da vida, da morte. Caminho, desejo, sonho, luz, primavera, fonte, amor, tempo, peregrinação, ânsia, música, margem – são apenas manifestações dos eixos em torno dos quais António Salvado elabora o seu universo poético consanguíneo ao seu desejo de criar beleza (…) com folhas de futuro em cada dia”.
Mas anunciam-se para breve mais duas outras obras de António Salvado, que são Recados do Infante D. Pedro para D. Inês de Castro e Albicastro – Geografia Poética de António Salvado.
O conteúdo do primeiro alicerça-se numa afirmação do cronista Fernão Lopes que diz que D. Pedro, quando se afastava de Inês, enviava a esta, e para que o amor se mantivesse, recados. O facto deu origem a vinte e seis poemas nos quais António Salvado interpreta as palavras desses recados. Recados darão origem a um espetáculo, no dia 27 de abril, no Cine-Teatro Avenida, com encenação de José Manuel Castanheira, com a declamação de poemas de António Salvado por Maria Emília Castanheira e com a composição e execução musical de Custódio Castelo, J. Filomeno Raimundo, Miguel Carvalhinho e Pedro Ladeira.
Quanto à segunda obra, Albicastro – Geografia Poética de António Salvado, recolhe poemas cuja substância têm a ver com a personalidade existencial do poeta Albicastrense: a rua onde nasceu e brincou, os jardins que frequentou, os locais onde estudou e ensinou, entre outros, numa recolha/seleção de Maria de Lurdes Gouveia Barata, com dois textos pertinentes, sendo um da autoria de Maria de Lurdes Gouveia Barata e outro de Carlos Semedo.