Os deputados do Partido Socialista (PS) eleitos pelo Círculo Eleitoral de Castelo Branco, Hortense Martins e João Marques, votaram favoravelmente, dia 19 de janeiro, um projeto de resolução do CDS-PP que recomenda ao Governo “prioridade absoluta na conclusão do IC6, bem como na construção do IC7 e IC37”. Hortense Martins e João Marques consideram “que se trata de infraestruturas estrategicamente importantes, senão mesmo fulcrais, para a promoção da coesão territorial e para a redução das assimetrias entre Litoral e o Interior”.
Os deputados realçaram, na declaração de voto, que “assumimos, assim, um sentido de voto inverso ao do Grupo Parlamentar do PS, tendo em conta o que sempre defendemos no que respeita nomeadamente à necessidade de construção do IC6 e em conformidade com os princípios defendidos pelo PS, assim como com o mandato que exercemos em defesa de maior coesão territorial e de bem-estar para com as nossas populações”.
Hortense Martins e João Marques defendem ainda “o IC31 como estratégico para o Distrito de Castelo Branco”, mas também para a Região Centro, de acordo com o que o PS tem vindo a defender, em conjunto com os autarcas socialistas da Região. Assim, realçam que “recorde-se que o IC31 é a ligação da A23 à autoestrada espanhola que liga a Madrid e que já está construída. Este investimento seria de enorme importância estratégica para o País e, naturalmente, para a Região Centro”.
Para os dois deputados socialistas “a coesão territorial e visão do Interior como cen-tralidade, necessita do reforço da mobilidade e da conclusão de uma ligação da A23 à Autoestrada espanhola que chega a esta região e liga a Madrid”.
Hortense Martins e João Marques assumem que os governos do PS têm feito esforços no sentido da promoção do investimento público e da realização de infraestruturas que dotem as regiões do Interior de fatores de atração de investimento privado e criação de emprego e denunciam que “sempre que o PSD chega ao Governo há um retrocesso claro nas políticas de discriminação positiva para com estes territórios do Interior”.
Perante isto afirmam que veem com “ironia” esta iniciativa apresentada pelo CDS e a sua assunção como prioritária. Avançam que “não esquecemos que o último Governo PSD/CDS tudo fez para demonizar o investimento na rodovia e convenceu mesmo Bruxelas de que já tínhamos estradas a mais” e acrescentam que esta é uma das razões para, de acordo com o negociado pelo anterior executivo de direita, o investimento em rodovias não ser apoiado pelos fundos estruturais.

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