10º ANIVERSÁRIO DO CENTRO DE CIÊNCIA VIVA
À descoberta do ouro no Centro de Ciência Viva da Floresta
No Centro de Ciência Viva da Floresta, no âmbito do 10º aniversário da sua inauguração, está patente a exposição O ouro – Da formação do universo à conquista do espaço, que pode ser visitada até 29 de outubro
Porque é que o ouro é tão valioso e desperta tanta curiosidade na sua exploração? é uma das questões que é respondida na exposição, que tem entrada gratuita e resulta de uma parceria entre o CCV da Floresta, a Câmara de Proença-a-Nova e o Geoparque Naturtejo, contando ainda com a colaboração da NEO Skytale.
Para o presidente da Câmara de Proença-a-Nova, João Lobo, a mostra “vai ao encontro do objeto principal do CCV da Floresta, que é a transmissão de conhecimentos”.
A exposição leva os visitantes numa viagem desde o início do Universo e do aparecimento do ouro até à atualidade, com as diversas aplicações deste mineral. Além de ser muito maleável, o ouro tem outras propriedades como, por exemplo, ser possível a partir de uma pequena pepita transformá-lo em metros de fio, ou o facto de não oxidar, que explicam a sua preciosidade.
Mais do que ver esta exposição, o público pode experimentá-la. Ao longo do percurso demonstrativo as pessoas são convidadas a descobrir pepitas de ouro entre areias do rio, podem colocar o capacete para entrar na galeria para observar o filão de ouro e observar os diversos instrumentos usados ao longo dos tempos para extrair o ouro.
A exploração deste minério no Concelho de Proença-a-Nova não é rentável do ponto de vista económico, no entanto, a técnica ancestral de garimpar o ouro no Rio Ocreza, junto ao Sobral Fernando, é vista hoje como produto turístico, com a geóloga da Naturtejo, Joana Rodrigues, a destacar que “quando as pessoas vão fazer esta atividade adquirem conhecimento, ao mesmo tempo que têm uma experiência turística”.
Nas margens do Rio Ocreza, onde há centenas de anos se extraía este minério, encontram-se ainda diversas conheiras, ou seja, escombreiras formadas por amontoados de seixos, que testemunham a extração de ouro nas épocas romana e medieval.
Ser explorador por um dia e encontrar minúsculas pepitas de ouro no Rio Ocreza é uma prática que cada vez mais conquista turistas. Esta experiência, dinamizada pelo CCV da Floresta, já faz parte do programa Ciência Viva no verão em Rede que todos os anos promove centenas de ações de divulgação de ciência e tecnologia em todo o País.
As próximas atividades denominadas Geologia no verão: O ouro das Portas de Almourão, inseridas neste programa, realizam-se a 9 e 19 de agosto e 9 de setembro, entre as 9h30 e as 12h30. São atividades gratuitas, mas com inscrição obrigatória em www.cienciaviva.pt.