LUÍS BARROSO É O CANDIDATO À CÂMARA
Com o Bloco “Castelo Branco é gente”
O Bloco de Esquerda (BE) apresentou, segunda-feira, no mesmo dia em que entregou as listas no Tribunal de Castelo Branco, os candidatos ao Concelho de Castelo Branco, nas eleições Autárquicas de 1 de outubro, sob o lema Castelo Branco é gente.
Assim, ficou a saber-se que os candidatos à Câmara, à Assembleia Municipal e à Assembleia de Freguesia de Castelo Branco são, respetivamente, Luís Barroso, José Ribeiro e Celeste Ribeiro, sendo que esta já tinha sido apresentada.
Luís Barroso afirma que a sua candidatura surge “por um imperativo de respeito para com todos os Albicastrenses, que acreditam que na política não vale tudo”
O candidato revela que o Bloco não concorre a outras assembleias de freguesia do Concelho, porque “não tivemos capacidade”, mas acrescenta que “também é muito difícil, politicamente, arranjar pessoas nas freguesias”, concluindo que esse “tem de ser um trabalho continuado”.
A apresentação decorreu na Praça 25 de Abril, no centro da cidade, justificando a escolha do local, porque desde que “foi inaugurada em 2014, nas comemorações dos 40 anos da Revolução, aqui nunca mais se realizou qualquer atividade ou qualquer comemoração evocativa daquele data ou para aquela data”.
Acrescentou que “vou plantar, simbolicamente, este conjunto de cravos, para que os mesmos floresçam, como queremos que floresçam novas práticas políticas para a governação do Concelho” e avançou que “de há quatros anos para cá mudaram-se os protagonistas da governação mas não as políticas. A política autárquica no Concelho de Castelo Branco necessita urgentemente de um 25 de Abril”.
Num tom crítico apontou o dedo à Câmara, ao afirmar que “temos assistido, nestes últimos tempos, a uma fúria inauguracionista, em que se passa a imagem de tudo para os cidadãos mas nada com eles, com obras sem serem pensadas, definidas prioridades e sustentabilidades no futuro, promovidas por uma fotonovela exacerbada, através de uma máquina de propaganda que debita notícias para os jornais e publicações, a troco, sabemos bem de quê, condicionando o pluralismo da Imprensa”.
Luís Barroso acusa que “em Castelo Branco, continua a existir um grande défice na transparência autárquica, pelo que iremos defender diretivas que assegurem o livre acesso dos cidadãos à informação pública produzida nas autarquias, apresentando um conjunto de boas práticas e a defesa efetiva das competência de funcionamento dos órgãos deliberativos, nomeadamente daqueles que permitem aos cidadãos e às minorias terem a possibilidade de as suas queixas e petições serem encaminhadas e discutidas nas suas reuniões”.
Na ocasião falou também no “acesso à água de qualidade que está posta em causa num futuro próximo em Castelo Branco, resultante de uma falta de preocupação por parte da autarquia e dos Serviços Municipalizados, responsáveis pela sua distribuição, pois o Plano de Ordenamento da Albufeira de Santa Águeda/Marateca, que abastece milhares de cidadãos, tem sido desrespeitado e têm acontecido vários atentados ambientais nas suas zonas de proteção, que afetam a qualidade da água captada, com total impunidade, por falta de fiscalização da APA – Associação Portuguesa do Ambiente e do próprio Ministério do Ambiente”.
Entre outros pontos, Luís Barroso destacou que a “dignidade do trabalho é uma questão também de cidadania e de sustentabilidade. Defendemos um efetivo combate à precariedade e aos contratos a prazo, que devem funcionar como primeiro passo para contratos efetivos”, sublinhando que “em Castelo Branco propagandeia-se a ideia que foram criados 700 postos de trabalho nos últimos quatro anos, com a sua quase totalidade em call centers, afirmamos nós! Perguntamos: Quantos destes postos de trabalho não são precários? São, infelizmente, na sua grande maioria e que definem o peril do trabalhador precário, jovens com menos de 25 anos, mulheres e grupos profissionais menos qualificados e atuais licenciados” e conclui que “associamos, assim, o trabalho precário à instabilidade”.
Por seu lado, José Ribeiro, afirmou que “a candidatura do BE pretende contribuir para a abertura de um novo ciclo autárquico, pela capacidade de garantir direitos básicos a todos, promover a inclusão, a participação cidadã e a democracia”.
José ribeiro defendeu ainda que “a valorização da cidadania exige medidas sérias para assegurar a transparência, fluidez e acessibilidade da informação das atividades dos órgãos das autarquias locais”.
Na candidatura à Câmara, o cabeça de lista é Luís Barroso, seguindo-se-lhe Paulo Leitão, Celeste Ribeiro, José Ribeiro, Pedro Coelho, Paula Simão e José Serafim.
Para a Assembleia Municipal a lista é encabeçada por José Ribeiro, seguindo-se-lhe Luís Barroso, Celeste Ribeiro, Pedro Coelho, Paulo Leitão, Marta Santos e José Serafim.
António Tavares