Gazeta do Interior (GI): Como surgiu a ideia de criar a banda, em 2002?
Norton: Começámos a tocar com 14 e 15 anos e tivemos várias bandas. Em 2002 decidimos assumir algo mais a sério e formámos os Norton, que juntou as duas bandas que tínhamos na altura (os Alien Picnic e os Oscillating Fan).

GI: Quem são os elementos que a integram?
Norton: Neste momento, os Norton são Pedro Afonso, Rodolfo Matos, Leonel Soares e Manuel Simões. Durante estes quinze anos também fizeram parte da banda o Alexandre Rodrigues (voz) e o Carlos Nunes (guitarra).

GI: Qual e quando o primeiro tema que editaram?
Norton: A primeira edição de Norton foi o E.P. Make Me Sound, que saiu em abril de 2003. Tem três temas: Blue Song, Summer Beat e You Make Me Sound.

GI: O disco de estreia, Pictures From Our Thoughts, de originais, foi editado em 2004, seguindo-se-lhe Kersche (2007), Layers of Love United (2011) e Norton (2014). Para quando um novo trabalho de originais? Que novidades trará?
Norton: Temos estado em estúdio a trabalhar no novo disco e muito em breve vão surgir novidades. Como em todos os discos, gostamos sempre de experimentar sonoridades novas e este não será diferente.

GI: Como classificam o vosso género musical?
Norton: Não é fácil catalogar, pois misturamos muitas sonoridades, mas somos acima de tudo uma banda de guitarras. Para ser mais fácil, podemos dizer que somos uma banda rock ou pop.

GI: Para além de Portugal contam com digressões na Europa e no Japão. Em que países europeus já subiram ao palco e qual o motivo pelo qual também surge o Japão?
Norton: Tocámos bastante em Espanha, desde festivais a salas mais pequenas e salas maiores, como o Razzmatazz, em Barcelona, que é uma das melhores salas da Europa. Depois já estivemos na Alemanha, França, Holanda e Luxemburgo.
O Japão é um amor de longa data. Surgiu quando fomos contactados por um A&R norte-americano que procurava bandas europeias para serem editadas no Japão. Em 2008 o Kersche teve uma edição japonesa e, a partir daí, todos os nossos discos têm sido lá editados.
Crescer numa cidade do Interior de Portugal e, de repente, estar numa cidade como Tóquio, do outro lado do Mundo, com uma sala inteira a cantar as tuas canções, é indescritível.
A digressão no Japão era um sonho antigo, que felizmente conseguimos concretizar e que seguramente se repetirá com o novo disco.

GI: Que ligação mantêm com Castelo Branco.
Norton: A nossa ligação a Castelo Branco é muito forte. Apesar de, neste momento, vivermos todos fora é em Castelo Branco que temos as nossas famílias e onde temos o nosso estúdio, onde compomos e ensaiamos. Continuamos e sempre seremos uma banda de Castelo Branco.

GI: Sábado, às 22 horas, dão um concerto gratuito no centro de Castelo Branco, para comemorar os 15 anos. Que pode esperar o público nessa noite? Apresentam alguma novidade?
Norton: Vai ser um concerto especial. Por estranho que pareça, em quinze anos, nunca fizemos um espetáculo em nome próprio no centro da cidade. A juntar a isso, celebramos quinze anos de vida e estamos a preparar algumas surpresas. Não é todos os dias que se toca no coração da cidade onde nascemos.

GI: Que projetos têm para o futuro?
Norton: Este espetáculo, juntamente com os que vamos dar no Fundão (13 de outubro), na Guarda (3 de novembro) e no Centro Cultural de Belém, em Lisboa (4 de novembro), vão encerrar o ciclo do último disco. A partir dai será tudo novo, para nós e para o público. Estamos com muita vontade de ter o disco novo na rua e de começar a nova digressão.
António Tavares

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