António Tavares
Editorial
Portugal está em alta a nível internacional.
Segunda-feira fica na história do País, pelo facto do ministro das Finanças, Mário Centeno, ter sido eleito presidente do Eurogrupo. É certo que esta era uma vitória praticamente garantida, mas, como aconselha a prudência e o bom senso, sempre que há votações, festejos vitoriosos, só depois de contados os votos. Assim, agora é o momento certo para festejar.
Não é que seja líquido e é até muito improvável, porque quem manda são os grandes como a Alemanha e a França, que a conquista deste cargo traga vantagens para Portugal. Mas há um ponto que é inegável: o prestígio que a presidência do Eurogrupo significa para Portugal, ninguém o pode contestar.
Portugal passa deste modo a ter uma posição de relevo no contexto europeu, não sendo de esquecer que ainda há bem pouco tempo o País estava sob resgate. Políticas e ideologias à parte, Portugal foi exemplar. Primeiro por ser um bom aluno e depois por saber ultrapassar todas as dificuldades, e não foram poucas, com que se viu confrontado.
Como resultado de tudo isso Portugal é, agora, um país respeitado e inclusive dado como exemplo. Um país com uma auréola de prestígio e que apesar de pequenino, em território, é gigantesco, em gente, porque, e disso não reste nenhuma dúvida, são a força e a têmpera dos 10 milhões que cá vivem e de outros tantos espalhados pelo Mundo, que fazem com que um país, pequeno, seja tão grande.