José Pedro Sousa, candidato do CDS-PP à Câmara de Castelo Branco, apresentou, segunda-feira, as propostas do partido para a autarquia Albicastrense.
O candidato centrista divide o programa em duas partes, as medidas estruturais, “que não dependem da autarquia, mas que esta deve junto do poder central defender “como o IC-31, a abolição das portagens na A23, a redução ou abolição do IRC para as empresas que se instalem no Concelho, fundamental para atrair empresas para a região”. E medidas promovidas pela autarquia que “recriem Castelo Branco com inovação, identidade, competitividade e atratividade”.
O candidato centrista defende que Castelo Branco precisa de um projeto inovador e diferenciador que atraia turistas, “a rede de museus é importante, mas não é suficiente, temos que ter um projeto verdadeiramente diferenciador e eu considero que esta região tem condições para um forte projeto de balonismo”.
Um projeto que José Pedro Sousa considera, teria grande impacto a nível nacional e internacional, “este é um projeto que diferenciaria Castelo Branco das outras regiões, atraia turistas e criaria emprego”.
No entanto José Pedro Sousa considera que este projeto do balonismo deveria ser feito em conjunto com outros concelhos, “temos o Tejo Internacional, as Portas de Ródão, a Serra da Gardunha, a Serra da Estrela, toda esta zona poderia ser sobrevoada pelos balões de ar quente”, sendo este um projeto que José Pedro Sousa, considera inovador e atrativo.
Na vertente de promoção e revitalização do centro da cidade, José Pedro Sousa defende a criação da figura do gestor do centro da cidade, “que faz a gestão empresarial do centro da cidade, conciliando os interesses públicos com os privados e adotando medidas para promoção do centro da cidade, de forma a que este se torne atrativo”.
Uma das medidas apresentadas pela candidatura do CDS é a criação da Casa de Castelo Branco, no antigo edifício do Governo Civil, propriedade da Câmara.
“Será um espaço que una a cultura com o artesanato, com o comércio, um espaço aberto que seja uma mostra dos nossos produtos”, afirmou José Pedro Sousa.
Outro espaço que o CDS quer reabilitar é o antigo edifício do Quartel da Devesa, uma vez que “é um edifício emblemático da cidade que está mal aproveitado e que achamos pode ser dinamizado e aberto ao público”. Medidas que o CDS-PP considera poderem dinamizar o centro da cidade e ajudar o comércio tradicional.
Ainda relacionado com o centro da cidade o candidato centrista propõe a recuperação do antigo coreto, “pelo seu simbolismo” e onde se podiam realizar constantemente pequenos espetáculos, “com todos os grupos existentes no Concelho”.
Na vertente económica e também de revitalização do centro da cidade, José Pedro Sousa afirma que é urgente revitalizar e modernizar o Mercado Municipal, “é um espaço que está desleixado que deve ser modernizado, usando conceitos já conhecidos para atrair pessoas e fazendo dele um mercado vivo”.
De forma a atrair jovens para a Zona Histórica, José Pedro Sousa avança que a autarquia devia incentivar a instalação de repúblicas de estudantes naquela zona, “acompanhando desta forma o alargamento do Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) e a internacionalização do mesmo, e ao mesmo tempo dar vida ao centro histórico”.
A nível social o CDS-PP propõe a realização de um recenseamento solidário, junto de famílias com carências económicas com pessoas idosas ou deficientes a cargo, pois “é preciso identificar essas famílias e apoiá-las financeiramente, atribuindo-lhes uma bolsa social”.
Com o objetivo de tornar o Concelho mais competitivo na atração de pessoas e empresas, o CDS propõe a redução do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) para famílias com filhos, a libertação até aos cinco por cento do Imposto Sobre o Rendimento das Pessoas Singulares (IRS) dos contribuintes do município, a redução do IMI para 0,21 em vez dos 0,30, e a redução do Imposto Sobre o Valor Acrescentado (IVA) dos 23 para seis por cento “na reabilitação de imóveis em todas as zonas consideradas de interesse municipal e histórico”.
“Propomos também melhorar a rede de transportes do Concelho, não só entre a sede de Concelho e as freguesias, mas entre a sede de Concelho e outros concelhos limítrofes. Há uma grande carência de transportes”, afirma o candidato do CDS, que considera importante o alargamento da rede de fibra ótica a todo o Concelho, de forma a facilitar a instalação de empresas em todo o Concelho.
Cristina Valente

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