Brasão de Monsanto é devolvido depois de ter sido furtado em 2008
A Procuradora-Geral da República, Joana Marques Vidal, procedeu, sexta-feira, à entrega do Brasão de Armas de Monsanto, após o seu furto ocorrido em 2008 e na sequência da sua recuperação.
Em 2008, a Pedra de Armas foi furtada de Monsanto, no Concelho de Idanha-a-Nova. Depois de ter sido localizada em 2014 num museu em Badajoz, Espanha, foi apreendida e devolvida em 2016 ao Estado Português.
Joana Marques Vidal realçou, na cerimónia de entrega do Brasão de Monsanto, que “este é um momento extraordinário na vida de uma Procuradora-Geral da República. Não é habitual termos a oportunidade de devolver à população um bem histórico e cultural que lhe pertence e que é tão significativo”.
As primeiras palavras do presidente da Câmara de Idanha-a-Nova, Armindo Jacinto, foram de agradecimento a todas as entidades policiais e judiciárias que efetuaram diligências para encontrar o Brasão.
Armindo Jacinto destacou que “hoje a nossa identidade é em muito recuperada graças ao vosso empenho. O povo de Monsanto e de Portugal foi ferido com o furto deste Brasão de Armas, símbolo da portugalidade da Aldeia Mais Portuguesa de Portugal, mas hoje a sua recuperação é sinal de que nunca desistimos”.
Após intervenção por parte da equipa de Conservação e Restauro da Câmara de Idanha-a-Nova, a Pedra de Armas de Monsanto, anteriormente exibida nas Portas de Santo António, ficará exposta no Posto de Turismo de Monsanto, integrando um espaço interpretativo sobre a aldeia.
Para o presidente da Freguesia, Paulo Monteiro, a devolução do Brasão à comunidade, cujo desaparecimento há nove anos causou profundo descontentamento, é “o regressar a casa de uma pequena parte de Monsanto”. A cerimónia contou ainda com a presença do Procurador Distrital de Coimbra, do Procurador da Comarca de Castelo Branco, da diretora regional de Cultura do Centro, órgãos de polícia criminal, entidades civis e religiosas e população local.