Fogos destruíram 7 mil hectares no concelho
O incêndio esteve ativo durante cinco dias
O grande incêndio de 23 de julho, que foi dado em resolução cinco dias depois, consumiu cerca de 7 mil hectares de floresta no concelho de Proença-a-Nova, de acordo com o levantamento realizado pelo Gabinete de Proteção Civil e Florestas do Município, a maior parte composto por povoamentos de pinheiro e eucalipto, tendo ardido igualmente oliveiras, árvores de fruto e pastagens.
Há ainda a registar 20 edificações ardidas, entre casas devolutas (8) e arrecadações agrícolas e anexos (12). Estima-se que cerca de 400 animais (entre caprinos, ovinos e asininos) tenham ficado sem pastagens, pelo que o Gabinete de Apoio ao Empresário e Agricultor coordenou a distribuição junto de 40 agricultores do concelho, nos dias 7 e 9 de agosto, de 15 toneladas de feno (oferta de um empresário da zona da Alcafozes) e 900 quilos de ração (solicitadas pela ACRIPINHAL, provenientes de vários pontos do país, incluindo da APROLEP – Associação de Produtores de Leite de Portugal).
Já a ignição que teve início junto à povoação do Malhadal, a 26 de julho, consumiu 80 hectares de floresta.
O presidente da Câmara Municipal João Lobo reforça a necessidade de se encontrar uma solução para este problema.
“Os incêndios que têm varrido o país impelem-nos a ter que, de uma vez por todas, repensar os territórios e a sua gestão, o combate, a utilização das ferramentas hoje disponíveis ao nível de apoio à decisão e a necessária formação da sociedade em cultura de prevenção de riscos. Sejamos capazes de dar o nosso contributo para uma solução alargada e duradoura”, afirma João Lobo.