COLÉGIO DE S. FIEL
Autarquia pode assumir propriedade do edifício
“A Câmara de Castelo Branco fará sempre parte da solução no futuro do colégio de S. Fiel” a afirmação é de Luís Correia autarca albicastrense.
O colégio que se encontrava em ruinas e que foi consumido pelo fogo dia 15, é propriedade do governo e terá que ser o poder central a decidir o futuro do edifício.
O antigo colégio jesuíta da segunda metade do século XIX estava desativado há alguns anos, e a sua recuperação estava prevista no âmbito do programa Revive - Reabilitação, Património e Turismo.
“O colégio é um património importante na freguesia de Louriçal do Campo, e do concelho. Felizmente o governo tinha decido inclui-lo no Revive, o que significa que pretendia reabilita-lo. Agora é preciso saber o que fazer e que futuro se vai dar ao Colégio” afirma Luís Correia, para quem o importante é pensar no futuro.
“Espero que o governo tenha um destino para aquelas instalações e para aquele património” colocando desde a primeira hora a autarquia como parte da solução, “se for necessário a autarquia assume a propriedade do edifício” garante Luís Correia, “se for essa a solução, estaremos dispostos a trabalhar e a ser parte da solução” afirma o autarca albicastrense.
Luís Correia, recorda que foram 4 dias muito complicados, com um incêndio que “entrou dentro da povoação, onde arderam casas devolutas, quintais e muita daquela que é a base de sub- sistência agrícola de muitas pessoas” é por isso desde a primeira hora que a câmara tem estado atenta às necessidades da população.
A Junta de Freguesia do Louriçal, Associação Amato Lusitano e a Segurança Social tem estado a fazer um levantamento das necessidades, e dos trabalhos que tem que ser realizados.
“Temos estado a cortar arvores que possam colocar em perigo pessoas ou bens, a reabrir alguns caminhos que ficaram danificados, reparar canalizações de fontes, enfim pequenos trabalhos para minimizar os estragos, que foram de facto grandes” explica o autarca.
Como autarca Luís Correia admite que foi dos momentos mais complicados que viveu, “nunca tinha visto nada como aquilo que aconteceu durante aqueles 4 dias”. Luís Correia que esteve no local durante os 4 dias, explica que “o fogo era muito grande, os bombeiros tentaram salvaguardar as pessoas e as habitações, vi o pânico e o medo das pessoas” recorda.
Mas, nos momentos de aflição e dificuldade as populações unem-se e o autarca destaca o trabalho desenvolvido pelos bombeiros, sapadores, proteção civil e a todas as instituições e populações, “que nunca deixaram faltar nada a quem lutava para combater o fogo”.