Autarquia incentiva à reutilização de manuais escolares
A Câmara de Castelo Branco lançou o programa SPIN Castelo Branco, que permite aos munícipes recuperar até 20 por cento nos livros que já não precisa e 60 por cento na aquisição de novos.
Na apresentação do Spin Castelo Branco, o presidente da Câmara, Luís Correia, explicou que esta “é uma plataforma à qual Castelo Branco aderiu desde a primeira hora e que permite a reutilização de manuais escolares e poupanças às famílias nos custos dos livros”.
O autarca explicou que foi estabelecido o diálogo com os agrupamentos de escolas do Concelho de Castelo Branco, que se juntaram a este projeto e realçou que “este é um projeto muito positivo, não só para as famílias, mas também para o meio ambiente”.
O projeto de reutilização de livros escolares foi desenvolvido pela Book in Loop, empresa criada por três jovens de Coimbra e incubada no Instituto Pedro Nunes, com o objetivo de promover a reutilização de livros escolares do 5º ao 12º ano de escolaridade.
Rosa Caetano, diretora do Agrupamento de Escolas José Sanches de Alcains e de S. Vicente da Beira, considera que este projeto é uma mais valia, pois alarga o leque de oportunidades para que todos possam adquirir manuais usados, “além do ganho económico destaco também a vertente educativa que é da reutilização dos manuais”, afirmou na apresentação do projeto.
Ricardo Morgado, da Book in Loop, explicou que a empresa criada há cerca de ano e meio, teve como objetivo inicial ajudar as famílias a poupar na aquisição dos manuais escolares, explicando que, “em média, as famílias gastam por filho cerca de 216 euros em manuais escolares”.
Depois de um teste efetuado no ano passado a empresa verificou que a ideia era viável, e ajudou a poupar cerca de 300 mil euros às famílias portuguesas.
No Concelho de Castelo Branco, estima-se que seja gasto por ano em manuais escolares um milhão de euros, com Ricardo Morgado a afirmar que com a reutilização de manuais essa quantia por descer para os 300 mil euros.
“O funcionamento da plataforma é simples” explica o responsável da empresa, que salienta que todos os livros en- tregues para venda “são submetidos a um controlo de qualidade, certificado pela Universidade de Aveiro”.
Para o utilizador, o procedimento é muito simples: após registar os livros de que já não precisa, na plataforma (spincas telobranco.pt) basta entregá-los devidamente identificados (através de guia emitida pelo sistema) na escola. Após ava-liação e recuperação pela equipa SPIN estarão disponíveis para os outros alunos os adquirirem e a remuneração respetiva é depositada na conta bancária.
“Na compra de livros usados, vamos dar prioridade a quem entregar mais livros para vender, pois é com a entrega de livros que o sistema se alimenta e é justo dar prioridade a quem também vende os seus livros”, explica Ricardo Morgado.
Na compra destes livros usados é passada fatura que pode ser dedutível em IRS, “tal como acontece com os livros novos”.
Os interessados em efetuar vendas de manuais na Spin Castelo Branco têm até 31 de julho para o fazer e podem já fazer encomendas para o próximo ano letivo.
CV