CANDIDATURA DO PSD À CÂMARA DE CASTELO BRANCO
Carlos Almeida apresenta propostas e ataca socialistas
O candidato do Partido Social Democrata (PSD) à Câmara de Castelo Branco nas eleições Autárquicas de 1 de outubro, Carlos Almeida, apresentou sábado, na Biblioteca Municipal, as propostas da sua candidatura, numa sessão em que teceu duras críticas ao Partido Socialista (PS) e aos socialistas Albicastrenses.
Carlos Almeida realçou que “o nosso programa reflete o nosso posicionamento. Em primeiro lugar está a humildade e em segundo a seriedade” e defendeu que é “um programa estruturante, que reflete muito estudo, há muita análise, muito trabalho de investigação. E também reflete a auscultação da opinião das pessoas”, porque, destacou, “percorremos as 19 freguesias do Concelho e as principais instituições, com o propósito de ouvir e tomar nota das opiniões, com o intuito de construir algo maior do que nós”.
Tudo isto foi o ponto de partida para uma toada crítica na qual Carlos Almeida questionou “onde está o programa do Partido Socialista, para confrontarmos as nossas ideias?”, para logo de seguida afirmar que “sabemos quem são as pessoas que integram a lista do PS e também sabemos ao que vêm. Falta saber o que defendem para o desenvolvimento do Concelho”.
Carlos Almeida acusou que “as pessoas que lideram hoje o PS em Castelo Branco não estão na boa tradição daquele que foi um dos partidos estruturais para a criação e consolidação da democracia em Portugal. Pois o PSD e o PS foram importantes para o processo democrático e a sua consolidação. Hoje as pessoas que lideram o PS em Castelo Branco, eu diria que este partido já não é o PS. É, sobretudo, o partido do poder”.
Com o lema Dar ambição a Castelo Branco Carlos Almeida apresentou na sessão as principais propostas da candidatura que na àrea da economia passam por “criar mais e melhor emprego; afirmar a Zona Industrial de Castelo Branco no setor mecânico, eletrónico, agroalimentar e indústria do frio; criar, juntamente com o Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB) uma licenciatura em Engenharia do Frio; criar um Centro de Competências do Frio; implementando um programa de comunicação ancorado na marca Castelo Branco e aos seus produtos mais conhecidos, como o queijo, mel, azeite e bordado; reforçando a ideia que Castelo Branco é a capital da indústria do frio”.
No turismo os objetivos são “tornar Castelo Branco um destino para visitar e usufruir, que gere também retorno económico-financeiro, social e cultural e que seja uma verdadeira alavanca para a economia local; construir uma imagem e uma identidade turística própria; tirar partido da posição geoestratégica de Castelo Branco como porta da Beira Baixa; dinamizar a Zona Histórica do Castelo, incluindo a construção de um museu interpretativo interativo; organizar e promover uma Bienal de Cultura; criar a Casa da Poesia, para deste modo fazer justiça a tantos poetas em que se incluem João Roiz e António Salvado”.
Já na vertente do desporto as propostas incluem “dar existência à cidade do desporto e da juventude; elaborar a Carta Desportiva; criar um Centro de Estágio para equipas de futebol, atletismo e ciclismo; dinamizar um quiosque de orientação das rotas de cicloturismo; organizar uma prova clássica de ciclismo”.
A população sénior também não é esquecida, sendo o objetivo “proporcionar condições para envelhecer com qualidade, assumindo um compromisso justo intergeracional, de partilha e prazer em envelhecer”, pelo que está definido “criar o Plano Estratégico Gerontológico; criar o Cartão Sénior”.
No que respeita às freguesias, a candidatura aponta para “conceder incentivos financeiros para viver nas freguesias, proporcionando igualdade de oportunidades financeiras, sociais e culturais para quem vive fora da cidade; reduzir o IMI nas freguesias rurais em 30 por cento; devolver dois por cento do IRS aos contribuintes; incentivar a natalidade, pois estamos em condições de alocar um milhão e 400 mil euros em apoios financeiros aos pais com crianças de idades compreendidas entre um e os três anos”.
António Tavares