António Tavares
Editorial
É Natal. O Ho Ho Ho carismático do Pai Natal já se ouve um pouco por todo o lado, desde as ruas aos anúncios publicitários, que dão mais um empurrão nesta época de consumismo desenfreado.
A poucos dias do Natal assiste-se a uma corrida aos espaços comerciais, para a compra das prendas que encherão o Sapatinho, junto à lareira, ou preencherão a base da árvore de Natal.
Esta é, pelo menos, a imagem que a maioria das pessoas cria mentalmente quando pensa no Natal.
Mas, infelizmente, esta não é a realidade para muitas pessoas que continuam a ver-se a braços com dificuldades financeiras, pelas mais diversas razões. Para essas pessoas, muitas vezes, as prendas que desejam dar não vão além de uma intenção. Não quer dizer que, por isso, este seja um Natal triste, mas, garantidamente, será um Natal menos feliz.
Mas, mais uma vez, infelizmente, apesar da harmonia que caracteriza a quadra, os que estão bem dificilmente se preocupam com os que não estão. Quer se queira admitir ou não, para mal de todos, há por aí muitos Mr. Scooge, como o do intemporal Um Conto de Natal, de Charles Dickens, restando a esperança que um dia lhes aconteça o mesmo que a esta personagem e, então, comecem a pensar mais nos outros e que não são o centro do Mundo.
Um bom Natal!