João Oliveira foi o vencedor da Ultramaratona PT281+ Beira Baixa Portugal. O atleta português foi o mais rápido a percorrer os 281 quilómetros que separaram Penamacor de Cas- telo Branco. A melhor atleta feminina foi Isabel Moleiro
João Oliveira chegou com quase um dia de antecedência em relação aos restantes atletas, mas na hora da consagração, confessou que apesar de ter vencido, a prova não correu como esperado e esperava fazer melhor tempo.
“As coisas correram muito mal, não é por ter ganho que correu tudo bem. É uma prova difícil, já era difícil em 2015 quando participei, pensei que este ano podia baixar o tempo e isso não aconteceu”, afirmou. Este ano o percurso mudou e João Oliveira considera que a prova ainda se tornou mais complicada.
Para se fazer uma ultramaratona mais que a preparação física é importante a componente psicológica, uma vez que “o aspeto físico só conta até aos 60 quilómetros. A partir daí é a parte psicológica que tem que trabalhar”. João Oliveira explica que o atleta tem que saber controlar o sono, a sede, a solidão e as dores, sendo que esse controle só é possível se o atleta estiver muito bem psicologicamente.
Para além da vertente desportiva a prova, inspirada na Badwater, dos Estados Unidos, e na BR135+, do Brasil, pretende levar os participantes numa viagem na busca de experiências da região e junto das costumes, tradições, gas-tronomia e gentes da Beira Baixa.
Paulo Garcia da Horizontes - Turismo Desportivo, que organiza a prova, fez um balanço muito positivo do evento que correu “sem acidentes”.
O percurso inicial teve que ser alterado em Vila Velha de Ródão, por causa dos incêndios florestais, e não foi feita a mítica subida ao Castelo do Rei Wamba.
“Infelizmente não fizemos um dos locais mais emblemáticos, a subida ao Castelo do Rei Wamba, não era agradável, fazer aquela subida com tudo queimado. Em alternativa somos até à Foz do Cobrão, também um local muito bonito”, explica Paulo Garcia.
Todos os participantes foram no final da prova distinguidos como embaixadores da Beira Baixa.
João Oliveira, o vencedor, recebeu já o dorsal Nº 1 da prova de 2018.
Cristina Valente

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