INCÊNDIOS FLORESTAIS EM PROENÇA-A-NOVA
João Lobo afirma que houve mão criminosa
O presidente da Câmara de Proença-a-Nova, João Lobo, afirma estar convicto que os incêndios que afetaram o Concelho, no passado mês de julho, tiveram mão criminosa.
O autarca, em comunicado, adianta que “em nome da Câmara Municipal de Proença-a-Nova, e em meu nome pessoal, agradeço aos operacionais e populares que estiveram envolvidos no combate ao incêndio que chegou ao Concelho de Proença-a-Nova no dia 23 de julho e que foi oficialmente dado como em resolução no início da noite de 27 de julho, e que nos obrigou a apertada e continuada vigilância para evitar reacendimentos e novas ignições”.
Acrescenta que “contamos com a colaboração de efetivos do Exército que, na sequência de um pedido da Câmara Municipal, patrulham o concelho desde 28 de julho”, bem como que “os técnicos da autarquia encontram-se desde a primeira hora no terreno, fazendo o levantamento das necessidades tanto do ponto de vista social como ao nível de danos no património privado e de domínio público e em breve estaremos em condições de apresentar estimativa dos prejuízos causados, tendo já sido comunicado às entidades competentes a necessidade de ajuda emergente”.
No que respeita este incêndio João Lobo realça que “foram atingidas, em maior ou menor grau, as aldeias de Maljoga, Cimadas, Montinho das Cimadas, Relva da Louça, Galisteus, Caniçais, Vale da Carreira, Serimógão, Pernadas, Vale de Água, Pergulho, Murteira, Redonda, Padrão, São Pedro do Esteval (Picoteira do Monte), Murteirinha e o incêndio esteve ainda junto do PEPA - Parque Empresarial de Proença-a-Nova e do CIRAE - Centro Intermunicipal de Recolha de Animais Errantes”.
Tudo, para avançar que “não fazendo parte deste grande incêndio que começou na Sertã e se dirigiu para Mação, tivemos ainda duas ignições suspeitas: uma na Ferraria (Catraia), no dia 25 de julho de manhã, imediatamente controlada, e outra no início da noite de 26 de julho no Malhadal, povoação que esteve em perigo, num incêndio que evoluiu em direção à Folga e marginal à aldeia de Eiras”.
Perante isto o autarca afirma que “é minha convicção que estes episódios têm mão criminosa, tanto mais que as ignições que se observaram em tão vasto território apresentam estratégia e calendário temporal preparado”, pelo que “exige-se que as autoridades deem prioridade a esta investigação e criem um núcleo para acompanhar com proximidade e detalhe toda esta situação”, concluindo que “atos criminosos como estes e com estas consequências e gravidade não podem ficar impunes, uma vez que põem em causa a sustentabilidade territorial de uma região”.