NADIR AFONSO
Geometria é arte
A nova exposição de Nadir Afonso, na Casa Amarela, antigos CTT, no Largo da Sé, em Castelo Branco, foi inaugurada sábado e vai estar patente até 24 de setembro. O vereador da cultura, Fernando Raposo, que esteve na abertura, justificou o interesse desta exposição e agradeceu à viúva do pintor, Laura Afonso, quer a generosidade da presença, quer a preciosa colaboração na seleção das obras cedidas, por ela própria e pela Fundação Nadir Afonso.
É uma exposição a não perder. Nadir Afonso foi um dos mestres mais representativo das artes plásticas portuguesas contemporâneas e, como tal, reconhecido internacionalmente. O arquiteto, que, em Paris conviveu com os grandes mestres da vida cultural do Século XX, onde foi discípulo de Corbusier e depois foi trabalhar com Óscar Niemeyer, no Brasil, acabou por ceder à paixão pela pintura, em detrimento da arquitetura.
Na exposição, como acentua Laura Afonso, no catálogo, é possível “percorrer 75 anos da vida de Nadir Afonso, desde pequenos estudos do tempo de estudante até às últimas pinturas da sua longa vida artística”. É uma oportunidade de apreciar obras dos vários períodos de criação artística, onde nunca falta o rigor geométrico. “O abstracionismo geométrico seria a corrente artística com que mais se identificaria e que continuaria a praticar até ao último dos seus dias”, reconhece Laura Afonso.
Anote-se que, entre as muitas pessoas na abertura desta exposição, marcaram presença dois vereadores da Câmara, vários elementos da Assembleia Municipal, o presidente da Junta de Freguesia de Castelo Branco e os candidatos à Câmara do PSD e do CDS.