NAS BENQUERENÇAS
Monárquicos apresentam o Estado Novo
O Movimento Monárquico de Castelo Branco, com o apoio da Junta de Freguesia de Benquerenças, organizou dia 7 deste mês, uma palestra subordinada ao tema O Estado Novo e a Escola Primária, que teve como orador Florentino Beirão.
No encontro foi recordado que quando Salazar foi para o poder, cerca de 70 por cento da população era analfabeta, o que o levou a criar uma campanha de alfabetização construindo. Nesse tempo a escola só era obrigatória até à terceira classe, o que já permitia ser funcionário público ou a tirar a carta de condução.
O modelo de escola era apresentado com o quadro ao centro, carteiras duplas com tinteiros e crucifixo na parede. Os livros passavam de irmãos e de pais para filhos, sendo considerado o modelo de livro único. As lições eram um misto de objetivos, pois aliando o político ao religioso eram para aprender a ler e rezar.
Os professores eram formados com educação imperial, elitista e seletiva, pois as províncias ultramarinas eram de Por- tugal, o que ajudou os militares a irem para o Ultramar. Havia dificuldades pela presença dos comunistas, que também ti-nham uma ideia imperialista, o que passou a ser um império contra outro império.
Quando Nossa Senhora apareceu em Fátima ficam dois impérios, um vermelho e outro azul. Salazar queria uma só fé cristã e uma só política, tendo-se fechado ao Mundo, para que os outros não influenciassem Portugal.
Pelo menos até à 2ª Guerra Mundial Salazar foi considerado um salvador, impedindo ao máximo a importação de produtos estrangeiros, para não saírem divisas do País. O minério extraído em Portugal era enviado tanto para a Inglaterra, no caso das Minas da Panasqueira, como para a Alemanha, no caso do Couto da Lardosa.