COM EMPENHO DA ADMINISTRAÇÃO E DOS PROFISSIONAIS DE SAÚDE
Hospital Amato Lusitano está há 40 anos a cuidar bem a Região
O Hospital Amato Lusitano (HAL) de Castelo Branco comemorou ontem, terça-feira, 40 anos ao serviço da comunidade.
Com o lema Centrar o trabalho da ULS no utente ou na pessoa doente o Hospital Amato Lusitano tem, nos últimos anos, apostado na modernização da instituição.
“Não é tarefa fácil”, afirma o presidente da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco (ULSCB), António Vieira Pires, que considera que para que os resultados surjam, é necessário todo o empenho do Conselho de Administração e de todos os profissionais de saúde.
O ano de 2016 fica marcado pelo aumento das primeiras consultas na área hospitalar e diminuição das consultas subsequentes, “um dos objetivos que nos tínhamos proposto”, afirma Vieira Pires. A atividade cirúrgica acompanhou o aumento de consultas em 3.5 por cento, na convencional, e 14,5 por cento no ambulatório, uma situação nova.
Numa análise rápida aos dados de 2016, Vieira Pires afirma que o Serviço de Urgências continua a ter uma procura que não se deseja pois os “Centros de Saúde têm capacidade técnica para grande parte das situações clínicas que surgem no Serviço de Urgência e que se cifram numa média de 60 episódios/dia”.
Nos centros de saúde da ULSCB, foram efetuadas 360 mil consultas, “o que é de realçar, face à escassez de médicos de família existente em todos os centros de saúde”, que embora tenham sido abertos concursos as vagas não foram preenchidas.
O futuro passa pela modernização de instalações e renovação de quadro médico
Brevemente, dia 29 deste mês, começam as obras na Sala de Espera das Urgências do HAL. Obras que completam a remodelação daquele serviço, onde já foi intervencionada a Sala de Reanimação e a Sala de Tratamento.
“Não podemos escamotear a ajuda indispensável do presidente da Câmara de Castelo Branco, que tem estado desde o primeiro dia de braço dado connosco. E só assim foi possível realizar as obras de remodelação no Centro de Saúde de S. Tiago”, afirmou Viera Pires, agradecendo todo o apoio e colaboração do autarca Albicastrense Luís Correia.
A grande obra no HAL é a sua ampliação, um projeto que aumentará o edifício para a zona do antigo Heliporto, entretanto desativado, com Vieira Pires a avançar que “esta obra já está concretizada em projeto. Foi aprovado pela tutela. Está neste momento a aguardar a aprovação da CCDRC, através da candidatura efetuada ao Portugal 2020”.
As obras na ULSCB não se ficarão por aqui, pois também serão efetuadas obras nos centros de saúde de Idanha-a-Nova, Sertã e Penamacor, também com o apoio das autarquia locais.
Em termos humanos, o objetivo é renovar o quadro médico, uma vez que “em breve serão abertos novos concursos públicos” e suprir a falta de assistentes operacionais, “que nos últimos tempos tem aumentado significativamente, devido à aposentação de muitos funcionários”, explica Vieira Pires.
Luís Correia, autarca Albicastrense, que tem desde sempre colaborado com o HAL para suprimir as suas dificuldades, salientou na sua intervenção “o casamento feliz” entre o cuidar bem da população e a sua sustentabilidade financeira.
À tutela o autarca deixou um apelo para que seja instalada em Castelo Branco uma unidade de ressonância magnética, um serviço há muito desejado pelo HAL, e que para o autarca aqui deve ser colocada como reconhecimento pelo bom trabalho que o HAL tem efetuado ao longo destes 40 anos. “O hospital obteve sempre bons resultados em termos de execução financeira sem nunca descuidar o seu objetivo de prestar bons cuidados de saúde. Estes factos aumentam a responsabilidade da tutela, que deve compensar estes resultados”, afirmou Luís Correia.
O autarca salientou a necessidade de atrair médicos para a unidade de saúde, “os médicos só vêm se houver boas instalações e equipamentos modernos, se não tivermos um hospital moderno e atrativo os profissionais de saúde não escolhem esta região para se instalarem”, acrescentou o autarca, que salientou que é com este pensamento que tem estado “sempre” ao lado do Hospital.
José Tereso, da ARS Centro, em representação do secretário de Estado da Saúde, apelou à colaboração entre instituições, ao adiantar que “exalto as pessoas para se aproximarem e ultrapassarem barreiras que hoje ninguém compreenderá que não sejam ultrapassáveis pelas pessoas que gerem as três unidades”, apelando à colaboração entre a ULS Castelo Branco, Cova da Beira e Guarda.
“Podemos potenciar todos os instrumentos que temos na Beira Interior, se por ventura dermos o exemplo”, concluiu José Tereso.