PARA DEVOLVER A VIDA AO BAIRRO HISTÓRICO
Bloco de Esquerda quer revitalizar zona do Castelo
Os candidatos do Bloco de Esquerda (BE) à Câmara, à Assembleia Municipal e à Assembleia de Freguesia de Castelo Branco, respetivamente, Luís Barroso, José Ribeiro e Celeste Ribeiro, nas eleições autárquicas de 1 de outubro, querem revitalizar a zona do Castelo.
A uma só voz os três candidatos querem que esta zona onde a cidade teve origem reconquiste a vida que teve noutros tempos.
José Ribeiro refere que “a importância deste bairro reside no facto de estar relacionado com as origens de Castelo Branco” e recordando que o lema da candidatura é Castelo Branco é gente, afirma que, “por isso, nos preocupamos com o ambiente social paradigmático deste bairro”.
Relembra que “este bairro fervilhava de vida, há muitos anos. Tinha uma vida própria e uma vida associativa regular e neste bairro existiam 37 atividades comerciais”, enumerando-as.
Tudo, para denunciar que, no presente, “se assiste à degradação do parque habitacional, ao declínio da vida associativa e a população idoso está em maioria, apresentando uma mobilidade muito reduzida”.
Afinando pelo mesmo diapasão, Luís Barroso defende que o castelo “é uma zona em que se devem reforçar as referências identitárias e em que devemos participar de forma crítica e construtiva, na defesa e preservação do património edificado existente”.
Assim, afirma que “se queremos combater o despovoamento e envelhecimento desta zona, contrariar o abandono e o estado de degradação de alguns edifícios privados notáveis, manter as pessoas que aqui vivem, trazer pessoas para morarem nesta zona, cativar turistas e dinamizar alguns espaços, temos de procurar desenvolver e aplicar medidas políticas direcionadas a esta zona, não de forma casual e pontual, como até aqui, mas de forma consequente, criando-se uma verdadeira intervenção integrada de requalificação urbana e de valorização ambiental, como o foi, em certa medida, o programa Polis”.
Luís Barroso propõe “a obrigação da Câmara em acompanhar ações de informação e divulgação de programa relacionados com a reabilitação urbana; prestar assistência técnica através dos serviços municipais; criar isenções e redução de taxas; procurar comprar e reabilitar, para arrendar a preços controlados; tomar posse administrativa das habitações, depois de esgotadas todas as formas de informação e negociação para reabilitação”. Isto, porque, avança, “existem disponibilidades financeiras no quadro do Pro Centro 2014-2020 e do PROABITA, e de outros programas para a reabilitação de edifícios, que podem ser contra-tualizados com o Instituto da Habitação e de Reabilitação Urbana”.
Algo que considera fundamental porque “quanto mais reabilitamos mais pessoas vêm para a Zona Histórica”.
O candidato apresenta ainda algumas sugestões apontando que “os espaços envolventes ao Museu Cargaleiro devem ser requalificados por uma questão de acessibilidades e ambiente; requalificar o jardim junto à Igreja de Santo António; dar outra vida ao poço na parede exterior da igreja de Santo António; tapar todos os buracos nas ruas e paredes; eliminar as linhas aéreas de energia elétrica; retirara as antenas de telecomunicações do Castelo; requalificar a Igreja de Santa Maria do Castelo; promover a Praça Velha; preservar as romãzeiras como árvore característica desta zona; colocação de um ponto de luz na Rua Postiguinho de Valadares e tornar alguns espaços mais simpáticos e agradáveis à vista, através de pinturas 3D”.
Por seu lado, Celeste Ribeiro realça que é importante “reforçar a questão da educação para o património” e aproveita para lançar “um desafio às escolas para estudarem, visitarem mais a zona do Castelo”, não deixando de considerar que “era bom os jovens virem morar para a zona do Castelo, por exemplo, os estudantes”.
Celeste Ribeiro defende também que junto ao Castelo, onde se tem um panorama de 180 graus, devia existir um painel interpretativo, com as serras que se podem ver dali e tudo o mais”.
A candidata destaca ainda que “a zona do Castelo é uma zona arejada, não é bafienta, como muitas zonas históricas”, chamando a atenção da existência de “muitos quintais em que as pessoas podem trabalhar ou criara zonas ajardinadas”.
A isto acrescenta que a zona do Castelo devia estar dotada de mapas, com a indicação Está aqui, de modo a ser mais fácil conhecer o emaranhado de ruas.
António Tavares