Análise feita aos reclusos mostra-se negativa à ketamina e acusa presença de canabinóides
Um dos oito reclusos está em estado “muito crítico”
Um dos oito reclusos do Estabelecimento Prisional de Castelo Branco, que foram hospitalizados domingo, está em “estado muito crítico” e as análises efetuadas foram negativas para a ketamina e confirmaram a presença de canabinóides.
“Hoje (terça-feira), um dos reclusos internados encontra-se em estado muito crítico” e adianta que “no que às análises efetuadas diz respeito, a única substância confirmada são os canabinóides. É negativa para a ketamina”, refere em comunicado emitido à hora do fecho desta edição, o presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco (ULSCB).
Vieira Pires explica ainda que dois dos reclusos internados no domingo no Hospital Amato Lusitano (HAL), “irão ser transferidos durante a tarde para o Hospital Prisão de Caxias” e dos restantes cinco reclusos, “um deles já não precisa de suporte ventilatório”.
Segundo o responsável da ULSCB, quatro reclusos “precisarão ainda de cuidados médicos bastante diferenciados, pelo que não se prevê em curto lapso de tempo a sua transferência”.
Recorde-se que oito reclusos do Estabelecimento Prisional de Castelo Branco foram hospitalizados com sintomas de intoxicação domingo.
O alerta foi dado cerca das 13h25 e na altura foram deslocados para a prisão albicastrense, oito veículos e 15 elementos dos Bombeiros Volun- tários de Castelo Branco, além de uma viatura médica de emergência e reanimação (VMER).
O estado de saúde dos oito reclusos mantinha-se estacionário e ainda com risco de vida no final da tarde de segunda-feira.
“Os oito doentes estão todos na Unidade de Cuidados Intensivos Polivalentes (UCIP). É uma situação grave. Os doentes mantêm-se em estado estacionário em relação ao dia de ontem (domingo), considerado grave, ainda com risco de vida”, referia Vieira Pires, durante uma conferência de Imprensa realizada no Hospital Amato Lusitano (HAL), para fazer o ponto de situação sobre o estado clínico dos reclusos.
Entretanto, a Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP), num comunicado divulgado domingo, informava que este caso será averiguado para apuramento do tipo e modo de entrada da substância ilícita que afetou os oito reclusos.
“A ocorrência será objeto de averiguação por parte desta direção-geral e será comunicada ao Ministério Público, para apuramento do tipo e modo de entrada no estabelecimento, da substância ilícita que afetou o estado de saúde dos reclusos que a consumiram”, lê-se no documento.
Segundo a DGRSP, o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) foi chamado ao Estabelecimento Prisional de Castelo Branco e transportou oito reclusos, “que apresentavam sinais de doença súbita, resultantes do consumo de uma substância ilícita, presumivelmente ketamina.
“Os reclusos que sofreram a intoxicação foram objeto de acompanhamento clínico desde os primeiros sinais de mal-estar e estão a ser assistidos e seguidos nos competentes serviços do Hospital Amato Lusitano de Castelo Branco”, adianta o comunicado.