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29 abril 2015

Reunião de Câmara
Reestruturação do setor da água aquece sessão pública

A reestruturação do setor da água e a criação do Grupo Hospitalar da Beira Interior marcaram a discussão da sessão pública da Câmara de Castelo Branco, realizada sexta-feira.
O presidente do município, Luís Correia, explicou que foi devido ao facto de o município estar sempre atento que conseguiu, em 2008, fazer aquilo que foi a defesa dos Serviços Municipalizados de Água e Saneamento (SMAS).
“Castelo Branco foi o único concelho que soube defender os seus interesses”, afirmou.
O autarca respondeu desta forma à intervenção do vereador do PSD, João Paulo Benquerença, que na sua intervenção em relação à reestruturação do setor da água e à saída da sede da Águas do Centro (agora Águas de Lisboa e Vale do Tejo) de Castelo Branco para a Guarda, afirmou que “já perdemos o comboio, porque a Câmara de Castelo Branco decidiu ser contra”.
“Castelo Branco perdeu o comboio, porque a Câmara de Castelo Branco teve a posição que teve e não teve o apoio do PSD, porque faltou informação. A sede (da empresa) era para ficar em Castelo Branco e como estiveram contra foi para a Guarda”, disse.
Luís Correia esclareceu que a autarquia manifestou a sua opinião sobre a reestruturação do setor da água e também a “alternativa a esta reestruturação”.
“Infelizmente já começamos a ver aspetos negativos com a saída da sede (Águas do Centro) daqui (Castelo Branco)”, referiu.
Para o autarca, a verdadeira administração e sede desta reestruturação, “ficará em Lisboa, porque quem vai gerir vai ser a EPAL”.
“Todos percebemos e vemos, só não vê quem não quer, que isto (reestruturação) prejudica uma região como o Interior”, disse.
Segundo o presidente do município de Castelo Branco, quem vai ganhar vantagem com a saída da sede de Castelo Branco, são as grandes empresas em detrimento das pequenas empresas locais, que perdem qualquer hipótese de concorrer a qualquer concurso.
Luís Correia sublinhou que existe uma “posição de revanchismo do Governo em relação à sede” e dirigindo-se aos vereadores do PSD na Câmara de Castelo Branco, referiu que “isto de dizermos o que pensamos parece que é um pecado para os senhores”.
O autarca deixou bem claro que a Câmara de Castelo Branco, “assumirá sempre o que tiver que assumir”.
O vereador do PS, Arnaldo Brás, trouxe à discussão o Grupo Hospitalar da Beira Interior, cuja criação foi recentemente anunciada pelo Ministro da Saúde durante uma visita à cidade da Guarda. Recordou que a Câmara de Castelo Branco apoiou recentemente a realização de obras no Serviço de Urgência do Hospital Amato Lusitano (HAL) e tem apoiado a vinda de novos médicos, “quando somos confrontados com (a criação) do Grupo Hospitalar da Beira Interior”.
Arnaldo Brás disse ainda que “o investimento que colocaria o HAL em competição com os outros hospitais (Centro Hospitalar da Cova da Beira e Hospital da Guarda) não foi feito”, obras essas que segundo o vereador socialista  teriam acontecido caso o PS não tivesse perdido as eleições.
“A partir daí (eleições Legislativas), não foram feitos mais investimentos públicos em Castelo Branco, apenas foram feitos investimentos pela autarquia”, sublinhou.
João Paulo Benquerença voltou a afirmar que a posição do PS “de estar contra tudo e todos só nos vai trazer maus sabores”.
A discussão acabou por se estender à eletrificação da Linha da Beira Baixa, ao IC-31 e à Barragem do Alvito, com trocas de acusações entre os vereadores socialistas e o vereador social-democrata.

PSD responsabiliza
Luís Correia
No final da sessão pública da Câmara, o vereador do PSD, Paulo Moradias, acusou o presidente do município de ser o responsável pela perda para a Guarda da sede da nova empresa Águas de Lisboa e Vale do Tejo.
“Neste momento, se há responsabilidade de alguém na saída de Castelo Branco da sede da administração da Águas do Centro (a Águas de Lisboa e Vale do Tejo recebeu a Águas do Centro num processo de fusão de vários sistemas), esse alguém chama-se Luís Correia”, referiu o vereador do PSD, numa conferência de Imprensa improvisada.
Paulo Moradias disse ainda que a posição da Câmara de Castelo Branco e do seu presidente desde o princípio “foi de estar completamente contra esta reorganização e pôs sempre como principal argumento a perda da sede da administração da Águas do Centro, agora englobada na nova empresa Águas de Lisboa e Vale do Tejo”.
Agora que todo o processo da reestruturação do setor das águas chegou ao seu epílogo, o vereador do PSD diz que chegou à conclusão que tinha razão, que não havia uma vontade de passar a administração para Lisboa: “Podemos dizer que efetivamente nem sequer havia a vontade de retirar a administração de Castelo Branco”.
“Aliás, a sede da administração passou para um local mais afastado de Lisboa, passou para a Guarda”, sustenta.
A diferença, segundo este responsável, está na postura assumida em todo o processo.
Enquanto outros municípios, nomeadamente o da Guarda, quiseram muito e trabalharam para ter a delegação, isso não aconteceu com Castelo Branco, defendeu.
“Volto a frisar que foi uma questão de má estratégia ou falta de estratégia, falta de qualidade do trabalho e houve outros (Guarda) que se aproveitaram deste momento de fraqueza e da política que está a ser seguida pelo presidente da Câmara”, sustentou.
O vereador social-democrata referiu ainda que se o presidente da Câmara de Castelo Branco estava preocupado com a questão dos empregos e despedimentos dos funcionários da Águas do Centro, então, independentemente de ser contra a reestruturação, devia ter gerido o processo de outra maneira.
“Deveria ter pensado que não basta ele ter a opinião de que é contra. Ele devia ter pensado também no emprego dessas pessoas e não pensou”, sustentou.
Adiantou ainda que enquanto o anterior presidente da Câmara, também socialista, teve o mérito de durante muitos anos conseguir concentrar em Castelo Branco diversas direções, institutos e organismos, “este primeiro passo que esta câmara já deu a perder a primeira direção, espera-se que não seja para continuar”.
O presidente da autarquia, Luís Correia, reagiu às declarações de Paulo Moradias e disse que a acusação que lhe foi dirigida merece apenas um curto comentário:” O vereador esteve numa sessão pública da Câmara em que este foi o tema central em debate. Faço notar que não se pronunciou em nenhum momento sobre o assunto. Escuso-me de adjetivar esta atitude, que tem nome”.

PSD acusado de promover
conferência de “vão de escada”
Entretanto, em comunicado, a Concelhia do PS de Castelo Branco acusou um dos dois vereadores do PSD na Câmara (sem referir nomes) de não se pronunciar, em sede própria, sobre a reestruturação do setor da água e de promover uma conferência de Imprensa de “vão de escada”.
A Concelhia Socialista, refere que “em sede de discussão própria, olhos nos olhos, um dos dois vereadores eleitos pelo PSD dispensou-se, por razões que só o próprio saberá, de se pronunciar sobre o assunto da reestruturação do setor das águas”.
“Tal facto não o impediu de, ainda com a cadeira do salão nobre quente, promover uma conferência de Imprensa de vão de escada para, aí sim, sem contraditório, sem registo em ata, sem olhos nos olhos, afirmar galharda e corajosamente a verdade dos factos”, lê-se no documento.
A Concelhia Socialista refere que face a estes acontecimentos, “considera ser sua obrigação denunciar publicamente esta forma de fazer política, com a qual não pactua e que considera ofensiva ao discernimento e inteligência dos albicastrenses e dos cidadãos em geral”.
No documento, os socialistas acusam ainda os eleitos do PSD na Câmara e Assembleia Municipal da “defesa intransigente do Governo, mesmo quando isso significa perdas e prejuízos para o Concelho, para a Região e para o Interior”.
Acusam ainda os eleitos locais do PSD de terem sido “contra as obras de melhoria geral de condições nos diferentes serviços do Hospital Amato Lusitano” e de “concordarem com a paragem e eliminação do processo para a construção da Barragem do Alvito”.
“Sempre na mesma postura, numa atitude de seguidismo cego e acéfalo, nunca se manifestaram contra a desqualificação da Linha da Beira Baixa, com a substituição dos comboios intercidades por automotoras caducas e abatidas das linhas suburbanas de Lisboa”, lê-se no comunicado.
“Onde estavam os eleitos do PSD local quando foram introduzidas as portagens, as mais caras do País, na A23” ou “quando foi decidido o abandono da construção do novo estabelecimento prisional de Castelo Branco” ou ainda quando o atual Governo decidiu encerrar o call center da Segurança Social”, questionam.
A Concelhia do PS refere que o episódio mais recente deste “chorrilho de ataques ao Concelho” está a acontecer com a reestruturação do setor das águas.
“Apesar das explicações, dos alertas e dos esclarecimentos prestados pelo executivo municipal liderado pelo Partido Socialista, tanto nas sessões de Câmara, como na Assembleia Municipal, o PSD local apoia a decisão do Governo”, conclui.

29/04/2015
 

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