NO CENTRO DE CULTURA CONTEMPORÂNEA
Everywhere is the same sky divulga arte e une cidades
Everywhere is the same sky – Uma perspetiva de paisagem na Coleção Norlinda e José Lima é a proposta de partida à descoberta da arte que o Centro de Cultura Contemporânea de Castelo Branco (CCCCB) apresenta desde sábado.
A exposição, que pode ser visitada até 25 de outubro, reúne 50 artistas nacionais e estrangeiros, numa seleção de peças em que são utilizadas técnicas como a pintura a óleo, o desenho, a fotografia, o vídeo e as técnicas mistas, entre outras.
Na inauguração da mostra, o presidente da Câmara de Castelo Branco, Luís Correia, afirmou que esta é uma “magnífica exposição”, contribuindo para a “atração de visitantes”.
Luís Correia realçou que deste modo “vamos cumprir mais um passo, que virá abrilhantar este espaço, mas também a cidade e o Concelho”, para de seguida se referir à importância do trabalho de parceria. Uma área em que destacou “a ligação forte entre Castelo Branco e São João da Madeira que fica, sendo este o primeiro laço dessa amizade”.
Na resposta, o presidente da Câmara de São João da Madeira, Ricardo Figueiredo, deixou “um grande agradecimento pela oportunidade de mostrarmos esta magnífica exposição” e destacou que “esta é a primeira itinerância desta mostra que, assim, inicia novos voos para além do Núcleo de Arte da Oliva Creative Factory”.
Ricardo Figueiredo, com base no título da exposição, sublinhou ainda que, “de facto, o céu é o mesmo, a cultura é a mesma, pelo que importa criar estes laços que o senhor presidente referiu”.
Presente na inauguração, José Lima começou por recordar que coleciona arte desde os anos 80 do século passado e revelou que “aquilo que me levou a mostrar a coleção ao público, em grande parte se deve ao facto de já ser grande para estar em casa”.
Em relação a esta primeira itinerância, José Lima salientou que “esta é uma pequena mostra, mas é uma mostra do melhor”, confessando que “me sinto hoje mais realizado como colecionador pelo facto de esta exposição estar aqui”.
A exposição, como avançou a sua curadora, Raquel Guerra, “é uma pequena mostra de um universo de mil peças, uma vez que aqui estão 65”, mas destacou que é uma mostra significativa, uma vez que como revelou “95 por cento das peças que aqui estão patentes nunca foram vistas em público”.
Em Everywhere is the same sky, de acordo com Raquel Guerra “apresentamos uma seleção de obras da Coleção Norlinda e José Lima sob o tema da paisagem, adicionando a estas obras da Coleção novas possibilidades de interpretação”, acrescentando que “estas paisagens confrontam diferentes tempos e diferentes linguagens artísticas”.
A curadora explicou também que “a cada sala do CCCCB corresponde uma abordagem de paisagem. Assim, começamos na primeira sala com paisagens abstratas, reduto da pro-jeção do eu, até, nas salas seguintes, à complexização da relação do homem (do artista) com o meio envolvente” e acrescentou que “abordamos ainda a ideia de reconciliações do homem com a natureza, com o regresso a um estado quase selvagem de comunhão com o Mundo”.
Tudo para concluir que “nesta viagem às paisagens temos ainda tempo de visitar os céus, elemento comum a quase todas as abordagens a este tema”.
Everywhere is the same sky apresenta obras de Albert Ràfols, Álvaro Lapa, António Costa Pinheiro, António Palolo, Arpad Szenes, Artur do Cruzeiro Seixas, Carlos Botelho, Carlos Lobo, Carlos Noronha Feio, Chus Garcia Fraille, Daniel Malhão, Edgar Martins, Eduardo Luiz, Eme-renciano, Fabrízio Matos, Gabriel Abrantes, Gabriela Albergaria, Gonzalez Bravo, Har-men de Hoop, Jaime Isidoro, Joan Fontcuberta, João Hogan, João Louro, João Marçal, João Maria Gusmão + Pedro Paiva, João Onofre, João Queiroz, Joaquim Rodrigo, Jorge Martins, José Lourenço, Luís Fortunato Lima, Luís Noronha da Costa, Marcos Castro, Mário Cesariny, Michael Biberstein, Miguel Palma, Nikias Skapi-nakis, Nuno Cera, Pedro Cabri-ta Reis, Pedro Calapez, Pedro Gomes, Pires Vieira, Raul Perez, Robert Longo, Rita Carreiro, Rosa Carvalho, Rui Algarvio, Susana Anágua, Susana Gau-dêncio, Tracey Moffatt e Vasco Barata.