Federação responde ao desafio lançado pelo PSD
“O compromisso do PS é com os Beirões”
“O compromisso do PS é com os Beirões”. É assim que a Federação Distrital do Partido Socialista (PS) de Castelo Branco responde ao desafio lançado pela Comissão Política Distrital de Castelo Branco do Partido Social Democrata (PSD), na conferência de Imprensa realizada dia 16 deste mês, no sentido de estabelecerem um compromisso local em defesa do Distrito de Castelo Branco e de propostas e projetos comuns entre os dois partidos.
Um desafio que da parte dos socialistas representa da parte do presidente da Comissão Política Distrital do PSD uma ação que “não é inovadora, mantendo-se fiel ao seu estilo”, uma vez que “prefere o espetáculo mediático à abordagem séria, responsável e consistente das questões políticas”, acrescentando ainda que “o método do PSD é reprovável. Não se convida para um diálogo sério através de conferência de Imprensa”.
Os socialistas consideram também que o desafio, “na forma, denuncia a exclusiva intenção de criar um facto político”, enquanto “no conteúdo, revela até alguma sobranceria, falta de humildade democrática e uma total incapacidade de compreender a realidade”.
Para o PS é garantido que “o PSD não compreendeu, ainda, que os eleitores do Distrito de Castelo Branco reconhecem que o Partido Socialista é a força política que, de forma consistente e eficaz, melhor tem defendido os seus interesses. Essa é a principal razão para terem concedido ao PS seis expressivas vitórias eleitorais nos últimos vinte anos”, que é realçado, representa “exatamente o período de maior e mais profunda transformação social e económica, experimentada nos onze concelhos do nosso Distrito”.
Os socialistas acrescentam que “os Beirões sabem, também, que o PSD não apoiou este esforço do PS, que resultou em importantes realizações. Sabem, aliás, que o PSD esteve contra o Distrito e as suas populações em diversas ocasiões”, dando como exemplos que esteve “contra as operações POLIS; a favor da introdução de portagens na A23; desvalorizando a obra da Barragem do Alvito, e pactuando com a sua interrupção; ignorando a defesa do IC31 no quadro dos investimentos estratégicos a financiar pela EU, entre outras”.
Tudo para avançar que “os Beirões conhecem o desaparecimento do PSD e dos seus deputados, eleitos no Círculo de Castelo Branco, nos momentos decisivos para a defesa dos interesses do nosso Distrito”.
As críticas continuam, ao ser referido que o PSD não reconhece o óbvio. No passado dia 4 de outubro, o PSD e o CDS obtiveram a terceira maior derrota da sua história. Só em 1975 e 2005, os resultados nacionais dos dois partidos, somados, registaram valores percentuais inferiores. E, no Distrito de Castelo Branco, o resultado nominal da coligação PàF configura a maior derrota eleitoral, desde 1975”.
Isto, enquanto, realça “o Partido Socialista do Distrito de Castelo Branco, na recente campanha para a eleição da Assembleia da República, trabalhou seriamente para reforçar os seus compromissos”. Matéria em relação à qual recorda que “com as federações distritais do PS da Região Centro, firmou um compromisso para as futuras decisões, em matérias de comum interesse da Região”, assim como “com as populações do Distrito, renovou o contrato eleitoral com base num programa claro e objetivo”.
Os socialistas sublinham que “a cultura de diálogo e de compromisso faz parte da identidade do PS, que tem procurado agregar as diferentes forças políticas, em defesa dos interesses das populações do Distrito”, dando como exemplo “a recente questão do Hospital do Fundão”.
As críticas vão mais longe, ao ser destacado que “o PSD, que apresentou na última campanha eleitoral legislativa um programa vago nas ideias e vazio de propostas, que sempre se furtou, nas últimas décadas, ao compromisso pelo Distrito, e nos momentos decisivos não articulou nem votou com o PS, enuncia, agora, que pretende mudar de atitude e de postura, passando a conjugar negociação e compromisso”.
A Federação do PS garante que “mantém uma atitude de diálogo e disponibilidade para construir espaços de união, em torno de medidas concretas, nos momentos oportunos, que visem o especial interesse das populações do Distrito”, ao mesmo tempo que alerta para que “no decurso da XIII Legislatura o PSD terá a oportunidade de demonstrar a sua boa-fé na promessa de compromisso com o Distrito, defendendo o conjunto de ideias e de propostas que mereceram o apoio maioritário dos eleitores do Distrito de Castelo Branco, e que são as causas regionais de PS, há já muitos anos”.
Por outro lado é assegurado que “na preparação das necessárias iniciativas parlamentares, o PS trabalhará com todas as forças políticas representadas na Assembleia da república, para reforçar o apoio às mesmas”, para afirmar que, “nessas alturas, competirá ao PSD demonstrar que não é fingimento o seu interesse pelo compromisso”.
A Federação conclui que, “por ora, a proposta apresentada é manifestamente extem- porânea e destituída de verdadeiro interesse” e realça que “para o PS e para os Beirões, o que conta são as ações que trazem mais desenvolvimento social e económico e mais coesão territorial. É com essas ações que continuamos comprometidos. E os Beirões sabem-no”!