SISTEMA DE DETEÇÃO E QUEDA DE BLOCOS
Vídeo-vigilância reforça segurança na Linha da Beira Baixa
A REFER reforçou, desde a passada quarta-feira, dia 20, o sistema de vídeo-vigilância da Linha da Beira Baixa, respeitante à monitorização do Sistema de Deteção e Queda de Blocos.
Recorde-se que o sistema de vídeo-vigilância foi implementado num primeiro ponto da Linha da Beira Baixa, mais concretamente entre o quilómetro 34,530 e o 34,860 em julho do ano passado, sendo que, agora, foi alargado a mais três pontos, que se situam entre os quilómetros 33,650 e 33,920; 60,200 e 60,500 e 61,350 e 61,892.
Relembre-se, também, que os primeiros sistemas automáticos de deteção de queda de blocos foram instalados em 2005 em quatro locais distintos da Linha da Beira Baixa, na zona das Portas de Ródão protegendo 1.130 metros de linha, em plena via.
Os sistemas, que dispõem de sensores que se encontram ligados à sinalização ferroviária, detetam a queda de blocos rochosos originando um alarme que determina a suspensão da circulação dos comboios até que se confirme o efetivo desimpedimento da via. A REFER adianta que “apesar dos evidentes benefícios destes sistemas para a segurança ferroviária, o despoletar de um alarme crítico implica, normalmente, interrupções prolongadas da circulação tendo em conta a necessidade de avaliar, localmente, os danos causados e a existência de condições objetivas para retomar ou não a circulação ferroviária”. Tudo, para avançar que “com a experiência adquirida ao longo dos últimos anos, concluiu-se que numa percentagem muito significativa de ocorrências as quedas de pedras não inviabilizam a circulação o que motivou o desenvolvimento de um sistema de monitorização remota dos locais, através de vídeo-vigilância, que, de forma segura e inequívoca, permite à REFER avaliar as condições de circulação na linha”.
No seguimento disto o Grupo REFER “especificou, desenvolveu e colocou em serviço um sistema que, suportado nos sistemas de sinalização, transmissão de dados e vídeo, disponibiliza em tempo real e com elevados padrões de segurança e fiabilidade, imagens de um local que se pretenda monitorizar e que permitem no Centro de Comando Operacional de Lisboa (CCO), onde é monitorizada essa linha, de dia e de noite e até mesmo em condições atmosféricas adversas, decidir sobre a continuação da marcha dos comboios”. É ainda sublinhado que “o sistema, tecnicamente eficiente e de investimento muito reduzido, representa um enorme ganho em termos de exploração, e virá dar um relevante contributo para a melhoria da fiabilidade do modo ferroviário, para além de evidenciar a capacidade da engenharia do Grupo REFER no desenvolvimento de soluções à medida que acrescentem valor ao sistema ferroviário nacional”.