Distrital do PSD quer que Governo vá mais longe nos incentivos à fixação de pessoas e de empresas no interior
Reindustrialização deve ser um desígnio nacional
O presidente da Comissão Política Distrital de Castelo Branco do Partido Social Democrata (PSD), Manuel Frexes, disse que nenhuma sociedade pode ter orgulho em si própria quando tem metade dos seus jovens no desemprego.
“Nenhuma sociedade pode ter orgulho em si própria quando metade dos seus jovens não tem emprego ou quando a taxa de desemprego atinge cerca de 18 por cento, como já foi a nossa. O emprego é, não só fundamental para o crescimento dos países, mas também para a dignidade da pessoa humana”, referiu Manuel Frexes.
O presidente da Distrital do PSD, que falava sexta-feira, em Castelo Branco, durante as jornadas Melhor Portugal – Mais indústria, melhor economia, mais emprego, adiantou que a aposta na reindustrialização deve ser um desígnio nacional.
“Esta política de reindustrialização tem desde já dois fatores muito importantes no nosso futuro coletivo. Em primeiro lugar, permite o combate àquele que considero o maior flagelo da nossa sociedade que é o desemprego”, adiantou.
Manuel Frexes sublinhou ainda que o caminho que está a ser seguido pelo Governo, “é o caminho correto, do investimento, do crescimento, do emprego, da aposta no trabalho para que todas as pessoas tenham uma função útil e se sintam úteis a trabalhar para o seu país e para a sua sociedade”.
O social-democrata referiu-se também ao Distrito de Castelo Branco e recordou que a região perdeu 40 por cento da sua população nos últimos 50 anos.
“Os números do nosso distrito são incríveis. Mas, mais dramático ainda que esta diminuição de população é verificar que nos últimos anos, a população da faixa etária até aos 14 anos diminuiu 75 por cento e a população acima dos 65 anos, aumentou 85 por cento”, disse.
O presidente da Distrital do PSD adiantou que esta alteração na população faz toda a diferença e “põe em causa o nosso crescimento”.
“A única forma de ajudar a resolver o problema da desertificação e do envelhecimento passa também pela reindustrialização e que olhem para o crescimento e para o emprego”, afirmou.
Manuel Frexes deixou um apelo ao Governo, para que “possa ir mais longe” ao nível dos incentivos nos territórios de baixa densidade, para a fixação de pessoas e de empresas.
“Não faz sentido nenhum ter um país em que 70 por cento da população e, sobretudo 85 por cento da riqueza, se concentra em cinco por cento do seu território e 95 por cento do território esteja numa situação de desertificação e às vezes, quase de abandono”, referiu.
“Sei que o Governo está atento a este fator e está a trabalhar nesse sentido”, concluiu o presidente da Distrital social-democrata.
Presente nas jornadas, esteve também o secretário de Estado das Finanças.
Manuel Rodrigues falou da aposta na reindustrialização que está a ser feita pelo Governo e fez um balanço daquilo que se passou no passado recente de Portugal, “um país em que o Governo (PS) tinha ideias mirabolantes”.
Segundo o governante, a política seguida pelo anterior governo socialista, “custou e irá custar aos portugueses, muito caro por muitos anos”.
Manuel Rodrigues adiantou ainda que os portugueses “merecem dar sentido aos seus sacrifícios”.
CC