NO CENTRO SOCIAL DA TABERNA SECA
Estrutura Residencial para Idosos homenageia Joaquim Morão
A Estrutura Residencial para Idosos do Centro Social da Taberna Seca foi oficialmente inaugurada esta terça-feira pelo ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, Pedro Mota Soares, com a inauguração a ficar marcada pelo facto do nome da valência se alterar, passando a denominar-se Estrutura Residencial para Idosos Comendador Joaquim Morão.
A decisão de atribuir o nome de Joaquim Morão à Estrutura Residencial foi tomada pela direção do Centro Social da Taberna Seca, sábado, com o presidente, Leopoldo Rodrigues, a realçar que esta “é uma singela, mas sentida homenagem que queremos fazer ao autarca e ao cidadão Joaquim Morão, pelo trabalho realizado em prol da qualidade de vida da população da Taberna Seca, mas também do Concelho de Castelo Branco”.
Leopoldo Rodrigues adiantou ainda que a atribuição do nome de Joaquim Morão avan- çou, porque “quando iniciámos esta obra era presidente da Câmara de Castelo Branco”, acrescentando que “foi com ele que lançámos a primeira pedra e só com o seu apoio é que esta obra foi possível”.
Na resposta, Joaquim Morão, dirigindo-se a Leopoldo Rodrigues e à equipa, agradeceu “a grandeza de ter esta distinção comigo”, realçando que “não são todos que o fazem, tanto mais quando já se saiu do palco”, ressalvando que “não quer dizer que tenha saído totalmente do palco”.
A homenagem a Joaquim Morão foi também elogiada pelo presidente da Câmara de Castelo Branco, Luís Correia, que afirmou que “esta homenagem vai mais além que o apoio direto a este edifício”, uma vez que tem em consideração “a sua dedicação à causa pública e ao apoio a todas estas instituições”.
Luís Correia que quanto à Estrutura Residencial afirmou que “isto significa muito para as gentes desta terra”, não deixou de sublinhar que pela parte dos responsáveis do Centro “não houve apenas a preocupação de construir paredes, mas um serviço de qualidade, com carinho e afeto, entre outros”.
Agradecimento
dos apoios
O presidente da direção do Centro Social da Taberna Seca fez questão de deixar claro que a concretização da obra “tão ambicionada e tão importante para a população da Taberna Seca” contou com outros apoios, entre os quais, claro está, o do atual executivo da Câmara, liderado por Luís Correia, a quem manifestou “público e reconhecido agradecimento”. Tudo, para valorizar “a compreensão que tem demonstrado para com as nossas dificuldades” e destacar que “a consciência que sempre demonstrou que esta é uma obra fundamental no apoio à população do Concelho e capaz de criar postos de trabalho, fazem do seu apoio e do apoio da Câmara a que preside um elemento fulcral para a concretização deste nosso projeto e para hoje termos esta estrutura residencial ao serviço das pessoas”.
Em matéria de apoios, Leopoldo Rodrigues agradeceu também à Junta de Freguesia de Castelo Branco, Caixa Geral de Depósitos, Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC), Associação de Desenvolvimento da Raia Centro Sul (ADRACES), aos Serviços Municipalizados de Castelo Branco e ao diretor do Centro de Emprego e Formação Profissional de Castelo Branco, Carlos Faria.
Não esquecendo que “na vida das instituições o voluntariado genuíno e desinteressado faz e marca a diferença”, os agradecimentos foram também para Ana Cristina Afonso, bem como para Carlos Matos, que elaborou o novo logótipo do Centro.
Apresentando ainda os parabéns pela concretização da obra aos órgãos sociais do Centro, particularmente ao presidente da assembleia geral, Adriano Martins, ao conselho fiscal e a todos os elementos da direção.
E ficaram também os parabéns para a população da Taberna Seca e a todos os que colaboraram, não se esquecendo, obviamente, dos colaboradores do Centro.
Missão cumprida
depois das dificuldades
Em dia de festa, Leopoldo Rodrigues recordou o processo de criação da Estrutura Residencial, iniciado em março de 2007, referindo que “foram muitos os obstáculos e barreiras que tivemos que ultrapassar”. Um aspeto em que não quis centrar a atenção, preferindo realçar que “conseguimos alcançar o nosso objetivo”, a partir do momento que “conseguimos construir e pôr a funcionar a Estrutura Residencial, com uma dimensão que lhe permita ser viável economicamente, mas que ao mesmo tempo seja dimensionada para que todos aqueles que procuram o nosso apoio possam ser tratados de forma acolhedora, com o respeito, qualidade, simpatia e humanidade que merecem”.
Para isso, afirma que “temos condições físicas e materiais de excelência e damos trabalho a 30 colaboradores”.
Uma vasta equipa que integra, por exemplo, uma assistente social, uma técnica administrativa e uma encarregada de serviços gerais. E como “a saúde, com a manutenção e sempre que possível, com a reabilitação física dos clientes é uma preocupação”, conta com a colaboração de um médico, dois enfermeiros e uma fisioterapeuta, aos quais se juntam ainda uma terapeuta ocupacional e uma animadora sociocultural.
Leopoldo Rodrigues sublinha, por outro lado, que o objetivo é ter “uma instituição aberta, virada para o exterior, mas onde sejam preservados o conforto e a privacidade dos nosso clientes”, adiantando que, nesse sentido, “temos um horário de visitas alargado, que vai das 11 às 18 horas e uma rececionista que acolhe e encaminha as visitas”.
Obra exigiu empréstimo
de 120 mil euros
No dia da inauguração oficial da estrutura residencial, Leopoldo Rodrigues relembrou igualmente que para a sua construção “tivemos o apoio da Câmara de Castelo Branco, do programa Leader, com o contributo da Junta de Freguesia de Castelo Branco”, ao que foi necessário juntar fundos próprios, exigindo ainda a contração de um empréstimo de 120 mil euros.
Só assim, realça foi possível pôr a obra de pé, possibilitando a criação de 30 postos de trabalho e prestar apoio a 70 clientes, dos quais 38 na Estrutura Residencial e os restantes 32 nas valências de Centro de Dia e de Apoio Domiciliário.
Leopoldo Rodrigues revela que mesmo com esta resposta, “todos os dias somos contactados por famílias, muitas delas verdadeiramente desesperadas, que precisam e solicitam uma vaga na Estrutura Residencial, mas para as quais não temos resposta”.
Perante isto não hesita em afirmar que “estivemos bem quando decidimos avançar com a construção desta estrutura residencial” e confessa que com a certeza que “fazemos um bom trabalho, ambicionamos fazer ainda melhor”, para avançar que para isso “contamos com o apoio do senhor ministro”, lançando assim o repto a Pedro Mota Soares para que o ministério que tutela disponibilize o apoio necessário para concretizar os objetivos futuros.
Um desafio a que Pedro Mota Soares respondeu, ao afirmar está na “lista de prioridades atribuir um número significativo de acordos de cooperação, para dar resposta aqui, na Taberna Seca”.
Pedro Mota Soares adiantou ainda que nesse sentido ia “falar como diretor regional da Segurança Social, Melo Bernardo, para fazer rapidamente essa atribuição”.