A união faz a força no setor social foi a mensagem deixada por todos os que participaram na cerimónia de posse dos órgãos sociais da União Distrital das Instituições de Solidariedade Social (UDIPSS) realizada sábado, nas instalações da Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (APPACDM) de Castelo Branco.
Um ponto que foi destacado logo à partida pelo presidente da mesa da assembleia geral, Brito Rocha, que em relação às IPSS destacou “tudo o que fazem por esta sociedade. Refiro-me à sociedade da pobreza, daqueles que precisam”, elogiando “o acompanhamento com grande humanidade e um trabalho de grande qualidade na valorização da pessoa humana”.
Por seu lado, a presidente da direção da UDIPSS, Maria de Lurdes Pombo, começou por se referir “ao momento difícil” que se vive, tanto mais que o Distrito de Castelo Branco “é muito envelhecido, tem uma baixa natalidade e baixos rendimentos.
Perante isto, assegura que a primeira preocupação é “a sustentabilidade das instituições, para garantir os serviços e também assegurar os postos de trabalho que aí existem”.
Maria de Lurdes Pombo falou depois no “reconhecimento de todos pela importância do setor social solidário, porque prestamos um serviço público”, não escondendo que “sem o apoio da Segurança Social as nossas instituições não podiam viver”, mas garantindo, também, que “o Estado, seja qual for, precisa deste setor, porque sem este setor não é possível resolver os problemas”.
Para o diretor distrital da Segurança Social, Melo Bernardo, “as instituições individuais, cada uma vale por si” e salienta que “a vossa força é representada pela UDIPSS”, para garantir que “sem a vossa ajuda seria muito difícil o Estado assegurar o apoio a todos os que necessitam”. Matéria em que acrescentou que as IPSS são fundamentais, por exemplo, “pela proximidade às populações, para se obter um bom resultado”.
Melo Bernardo sublinhou depois que no Distrito de Castelo Branco “são 36 milhões de euros que são investidos, bem investidos pela Segurança Social”, avançando que esse valor “duplica, para mais de 70 milhões de euros, se juntarmos o dinheiro das famílias e das instituições”,
Não deixou também de referir que as IPSS empregam no Distrito “mais de quatro mil postos”, bem como que “em muitos concelhos as IPSS são os maiores empregadores”.
O diretor distrital da Segurança Social abordou ainda a questão dos acordos que serão assinados brevemente, para reiterar que “sem o vosso apoio, a vossa dedicação, dificilmente chegaríamos a bom porto”.
Presente na cerimónia, o secretário executivo da Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa (CIMBB), Joaquim Morão, afirmou que as IPSS “são hoje um pilar fundamental de Portugal. Nesta crise estiveram cá e foram elas que aguentaram muitas das dificuldades”.
Joaquim Morão comparou ainda as IPSS de “hoje com as de há 20 anos”, para recordar que nessa altura “isto era uma miséria”, destacando depois a importância das instituições “serem reivindicativas junto do poder central”.
Já o diretor-geral dos estabelecimentos escolares, José Alberto Duarte, referiu-se “à experiência adquirida que as IPSS têm e que jamais poderá ser adquirida pela Educação”, enaltecendo deste modo o papel que desempenham.
Experiência também destacada pelo presidente da Câmara de Castelo Branco, Luís Correia, que ao referir-se à UDIPSS valorizou “as pessoas que têm experiência, que são verdadeiros conhecedores”, para de seguid falar no fator união e assegurar que “todos temos sabido dar as mãos”. Ponto que reforça ao avançar que “temos que estar todos unidos e a UDIPSS desempenha muito bem esse papel”. De referir, ainda, que nos novos órgãos sociais da UDIPSS Maria de Lurdes Pombo continua a presidir à direção, sendo que a mesa da assembleia geral é encabeçada por Brito Rocha e o conselho fiscal por Maria Alcina Cerdeira.

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