23 de dezembro de 2015

António Salvado
Para o Natal de 2015

Nascimento

O clarear do Verbo: a limpidez do dia
anunciando um íntimo segredo
uma aventura cálida feliz,
fragrâncias matizadas,
chilreios prolongados,
serenidade a derrotar ruídos,
sobressaltos.

Germinação infinda de alegria.

 

Sortilégio

Que melodia paira pelo ar?
Cantada por um Anjo,
sinto a respiração límpida branda
e com os seus um íntimo compasso:
um silêncio de flor ardente e calmo.
Longínqua se aproxima
trazendo da infância lendas vivas
e eu busco de menino
o que permaneceu por noite dias.
Um Anjo que me diga
o que é desconhecido:
um rosto que me traga a madrugada
de me saber a caminhar além
mas sem nunca chegar.
Um Anjo e mais ninguém.

 

A luz

O limiar desvela o tão sonhado
Encontro: ocasional Aparição
vinda de um Onde feito em que Lugar
fugido à solidão.
Resta transpor esse Limite aberto
e caminhar em direcção a Quê –
uma Luz de miragem quase cega?
mas que urge conhecer.

22/12/2015
 

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