Compreender o Românico é livro da autoria de Joaquim Moreira e Ricardo Coelho que foi apresentado quinta-feira e que é um verdadeiro bê-á-bá para perceber e conhecer o Românico em Portugal.
A obra é a primeira de um conjunto de três, sendo que o próximo será dedicado ao Gótico, seguindo-se outro sobre os Castelos da Beira Interior.
Na apresentação do livro, a diretora da Escola Tecnológica e Profissional Albicastrense (ETEPA), Cristina Granada, elogiou o trabalho dos dois autores, a exemplo do que aconteceu com o vereador Fernando Raposo, da Câmara de Castelo Branco, que alegou o “apreço a todos os investigadores que contribuem para a divulgação do nosso património”.
A apresentação do livro esteve a cargo de Leopoldo Ro-drigues, que é professor de História na Escola Afonso de Paiva, onde foi colega de Joaquim Moreira, tal como aconteceu na ETEPA, havendo ainda laços de amizade a uni-los.
Leopoldo Rodrigues realçou que “partilhamos o mesmo gosto pelo ensino da História”, para de seguida se referir à ”enorme criatividade de Joaquim Moreira”.
Defendeu que “para falarmos do nosso património cultural, da nossa arte, dos nossos monumentos é preciso conhecer e este livro tem em vista ajudar-nos a apreender o património”, uma vez que “propõe-nos percorrer um conjunto de espaços que abrange as obras da arquitetura Românica, além de ser muito bem escrito, do ponto de vista literário”.
Leopoldo Rodrigues referiu também que Joaquim Moreira “sempre privilegiou o sentido prático da educação, através de visitas de estudo, levando os jovens à descoberta da arquitetura, do saber, o que está vincado nesta obra”.
Compreender o Românico, assegura, “explica a arquitetura Românica e a sua importância”, pelo que o classifica como uma “excelente ferramenta para professores, alunos e para quem gosta de viajar e conhecer a arte”.
Por seu lado, Ricardo Coelho, que é ex-aluno da ETEPA do Curso de Artes Gráficas, começou por recordar que “a minha prova de aptidão profissional (PAP) foi isto, foi este livro”, para avançar que “o professor Joaquim Moreira sentia a necessidade de algo físico para ajudar a compreender o Românico, sendo esse algo este livro, que foi um trabalho de grupo”.
Joaquim Moreira revelou que a obra é resultado de “um projeto que vem de longe. Teve início na Escola Afonso de Paiva, das visitas de estudo, nas quais tínhamos necessidade de ter algo para dar apoio a essas visitas”.
O projeto ganhou corpo com Compreender o Românico, uma obra na qual “começamos pela nossa Região, embora a grande concentração do Românico seja no norte do País, onde começou a reconquista cristã”.
Assim, a viagem proposta pela obra começa no Concelho de Idanha-a-Nova, mais concretamente em São Pedro de Vir-à-Corça e em Monsanto, seguindo depois para Anciães, Bragança, Guimarães, S. Pedro de Rates, Bravães, S. Pedro de Ferreira e Coimbra, até chegar a Lisboa.
António Tavares

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