ASSEMBLEIA MUNICIPAL APROVA, POR UNANIMIDADE
Câmara compra antigo edifício da Metalúrgica
A cidade de Castelo Branco vai ganhar uma nova imagem. Tudo, porque o edifício degradado, onde em tempos funcionou a empresa Metalúrgica, na Rua Pedro da Fonseca, vai ser comprado pela Câmara de Castelo Branco, sendo posteriormente demolido.
A proposta para a compra do imóvel, por 950 mil euros, foi aprovada, por unanimidade, na Assembleia Municipal de Castelo Branco extraordinária realizada quinta-feira. Uma votação que, aliás, levou a que o presidente do órgão, Valter Lemos, tenha realçado que este “é um ato muito acertado da Câmara e, daí, também a unanimidade nesta Assembleia”, reforçando que “este é um passo no sentido certo”.
Na apresentação da proposta, o presidente da Câmara, Luís Correia, começou por afirmar que este era um passo “muito importante para a regeneração urbana que estamos a fazer”, uma vez que se está “a resolver um problema de edifícios em degradação, ao mesmo tempo que se abrem outras perspetivas de desenvolvimento e crescimento da cidade”.
Luís Correia sublinhou que “isto permite-nos dar continuidade ao que já foi feito com o Centro Coordenador de Transportes, continuando agora do outro lado da estação de caminhos de ferro”.
O autarca revelou, ainda, que o “primeiro objetivo, no primeiro semestre do próximo ano, o mais depressa possível, é avançar com a demolição”, salvaguardando, logo à partida, que, “se for possível tecnicamente, as chaminés serão mantidas”.
Quanto ao que será feito naquele espaço após a demolição, Luís Correia avançou que “se queremos fazer alguma coisa, o que é verdade é que a compra do terreno abre portas para essas concretizações”.
Matéria em que o autarca avança, desde já, que aquilo que será feito, “não é para os próximos dois ou três anos”, recordando que o plano estratégico para esse período de tempo foi recentemente apresentado.
Assim, “o projeto fica aberto, para concretizar no futuro” e reforça que “neste momento não é um projeto para curto prazo, porque não há condições, mas estamos a preparar o futuro”.
Luís Correia destacou ainda que em relação à compra do terreno “já há acordo”, para sublinhar que, “agora, vai para o Tribunal de Contas e só depois do visto é que é possível avançar com a escritura”.
Da bancada do Partido Social Democrata (PSD), Alexandre Pereira afirmou que “nos congratulamos com a aquisição do prédio e a manutenção das chaminés, se tecnicamente for possível”.
Alexandre Pereira aproveitou a ocasião para se referir ao projeto da construção do viaduto de ligação entre a Rua Combatentes da Grande Guerra e a Circular do Barrocal, para defender que caso este seja feito se deve salvaguardar o património ferroviário, nomeadamente a placa giratória e a garagem de comboios.
Também o presidente da Junta de Freguesia de Castelo Branco, Jorge Neves, se veio congratular, por esta compra “ser fundamental para o desenvolvimento do futuro da nossa cidade”, não deixando de “destacar a razão da compra, porque a Câmara tem meios para o fazer e isso também é um regozijo” e concluiu que esta “é uma excelente prenda de Natal que a Câmara dá à cidade”.
Joaquim Martins, da bancada do Partido Socialista (PS), também se congratulou e realçou que “com o edifício da antiga Metalúrgica há um problema, até de saúde pública”, referindo-se à “degradação do edifício e às más utilizações que estava a ter”, para concluir que, assim, tudo isto fica resolvido.
António Tavares