Joaquim Martins
Ainda abril, 25
Ainda abril, 25 – Um dia diferente. Para memoriar. Para rever. Para voltar a sonhar. A acreditar. A desejar construir. Agora. Nas novas circunstâncias. Sem tutelas militares. Em liberdade. Com a força da razão. Do povo.
Porque vemos, ouvimos e lemos; Porque não podemos ignorar. A fome de pão e justiça. O desemprego. A emigração forçada; O futuro sem horizontes; A linguagem do terror; A imigração; As vidas destroçadas. Na terra e no mar.
Hoje, na evocação do dia inteiro e limpo, o desafio de recomeçar. De olhar o País do céu azul como casa comum. Em que todos contam. Em que todos sofrem, se há nuvens negras. E se alegram, se o sol voltou. De olhar o País doente e procurar remédio. De não calar os gritos. De ousar intervir. De dizer não aos aprendizes de feiticeiros. Aos adoradores do défice e da dívida. Aos servos do deus cifrão. Aos fiéis da austeridade.
De dizer sim ao País que cria; ao País que estuda; ao País que ensina inovação. Que ama a justiça. Que não vende ódio nem mentiras. Que sabe a amoras bravas e vinho novo.
Hoje, a meio da primavera é tempo de preparar o outono. De pensar. De preparar a mudança. De dar sentido à força do voto. De voltar a pôr o sonho a comandar a vida! Sem medo. Porque é abril. E os cravos vão voltar à rua, e florir!
*as expressões em itálico são citações de versos de Sophia.
Dia Mundial do Livro – E dos Direitos de autor. É quinta-feira, dia 23. Há 20 anos que a UNESCO instituiu o Dia. Para chamar a atenção para a importância do livro. Da leitura. Do Livro como bem essencial. Daí a importância dos festivais literários. De conhecer e apoiar os autores. De manusear os seus livros.
Dia de descobrir um livro. Novo. Qualquer que seja a idade do livro ou do leitor. E de marcar na agenda o encontro com Mia Couto a 4 de maio.