Joaquim Martins
Um programa de Governo para mudar!
Um PROGRAMA de Governo para MUDAR! – Hoje e amanhã discute-se na Assembleia da República o programa do Governo. A discussão não trará surpresas e o programa será aprovado pela maioria parlamentar que apoia o Governo e será rejeitado pelos partidos da coligação de direita que o contesta. Nada de novo. A única curiosidade é saber, se a inevitável moção de rejeição será conjunta (PSD/CDS) ou isolada. Provavelmente, como prova de vida da coligação, será ainda conjunta!
Pouco importa. O que importa é que o Governo vai poder começar a governar e a preparar a primeira prova de fogo: o Orçamento para 2016. Vai ter que trabalhar sobre pressão e tendo consciência de que não vai beneficiar do estado de graça com que, habitualmente os governos contam. O que significa ter a calma suficiente para resistir a pressões. “Devagar que temos pressa” pode ser o mote para que as decisões sejam eficazes e sem erros. As mudanças que o País espera exigem agilidade, mas sobretudo rigor e segurança! Há feridas que é preciso sarar e portas que é preciso reabrir!
A porta que o Papa Francisco abrirá no próximo dia 8, para marcar o início do “Ano da Misericórdia” pode também ser uma inspiração para o Governo e para o País. Os tempos de Jubileu são sempre tempos de esperança e tempos propícios para repensar questões complexas como “as dívidas”, “a organização da sociedade”, a “distribuição dos bens”, “o perdão”!
A Cimeira do Clima! – Os olhos do Mundo continuam fixados em Paris. A Cimeira do Clima não pode falhar. “É agora ou nunca” sintetizou o Papa Francisco na passada segunda-feira, pois “todos os que estão em Paris, na COP21, têm consciência que é preciso fazer alguma coisa”.
Os primeiros sinais são encorajadores. Quer o reconhecimento de Obama, em relação às responsabilidades dos Estados Unidos, quer o facto de os três maiores poluidores – Estados Unidos, China e Rússia – terem aportado compromissos concretos, quer ainda a decisão de duplicar os investimentos em investigação em energias limpas. Espera-se que os compromissos passem a obrigações irrecusáveis!
É tempo. O planeta Terra não pode esperar mais! É o futuro da Terra e dos seus habitantes que está em jogo!